Gestão financeira e tributária é calcanhar de aquiles de PMEs

Seja por oportunidade ou necessidade, é certo que todo novo empreendedor precisa de ajuda para começar um negócio. A falta de conhecimento e estrutura leva ótimas ideias ao fracasso. Gestão financeira e tributária estão entre as principais dificuldades dos pequenos e médios negócios.
Especialmente para as médias empresas que estão em uma fase de transição, competindo por preço e muitas vezes contra a informalidade das pequenas empresas e, ao mesmo tempo, disputando mercado com as grandes que investem fortemente em marca e tecnologia, dois pontos críticos.
Não à toa os índices de mortalidade das empresas brasileiras são preocupantes. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, mostram que menos de 40% delas sobrevivem após cinco anos de atividade. Os resultados integram a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas do Empreendedorismo com dados até 2019, portanto, antes da pandemia.
Conforme a especialista em Reestruturação Financeira e BPO Financeiro, Kélen Abreu, esses empreendedores devem compreender que não dá mais para fazer tudo sozinho, eles precisam de bons profissionais para apoiá-los.
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O BPO (Business Process Outsourcing) é a terceirização de processos de negócios que usam intensamente a tecnologia da informação. “Essa é uma fase em que o empreendedor não pode perder tempo com o que não domina. Se ele é um grande padeiro, por exemplo, deve se concentrar na produção da padaria e se cercar de bons profissionais para cuidar de aspectos específicos da gestão. Não dá para fazer tudo bem feito o tempo todo. A ausência desse profissional pode se tornar uma ‘economia porca’”, explica Kélen Abreu.
A gestão dos aspectos fiscais envolve entender as obrigações fiscais, preencher corretamente as declarações, fazer os pagamentos de impostos adequados e cumprir as regulamentações fiscais em constante mudança. A falta de compreensão dos princípios contábeis, planejamento financeiro e controle de fluxo de caixa podem levar a decisões equivocadas e dificuldades de sustentabilidade no longo prazo. A ausência de um sistema adequado e registros financeiros precisos podem dificultar o acompanhamento dos lucros e das obrigações de uma determinada instituição.
“Não se faz o estudo tributário só uma vez na vida. A cada etapa do negócio as regras mudam. Um complicador é que as pessoas só buscam ajuda quando o problema é muito grande. Por isso criei o BPO Financeiro e qualifico pessoas para atender localmente. A gente pode fazer de forma bem feita com uma linguagem simples. Digo sempre que a gestão financeira eficaz é aquela em que você gasta menos e ganha mais. Então, é fazer a gestão ‘de guardanapo’. Anotar tudo, analisar os dados, acompanhar as movimentações e tomar muito cuidado com o dinheiro que sobra quando todos os custos são pagos. Nesse momento muita gente se perde. O meu conselho é: faça a gestão da sua empresa como se estivesse em tempo de guerra”, pontua a especialista.
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