Queda no preço do gás de cozinha não chega ao consumidor na RMBH

A redução de 21,3% no preço do gás de cozinha nas refinarias, anunciada pela Petrobras em maio, ainda não chegou por completo ao bolso do consumidor final. É o que revela o levantamento realizado pelo site de pesquisa de preços Mercado Mineiro.
A pesquisa consultou 86 estabelecimentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) entre os dias 26 e 30 de junho.
Nela, foi observada uma variação de 79,55% no valor do botijão de 13 kg vendido na portaria. O botijão mais caro estava custando R$ 158,00 e o mais barato estava sendo comercializado por R$ 88,00. No caso do botijão de 13 kg entregue no próprio bairro, os valores variaram entre R$ 90,00 e R$ 158,00. Isso representa uma diferença de 75,56% no preço praticado.
Já o cilindro de 45 kg vendido na portaria pode ser encontrado a R$ 340,00 até R$ 628,00, uma diferença de 84,71%. Enquanto o cilindro de 45 kg entregue no próprio bairro ou região está custando entre R$ 380,00 e R$ 628,00, variação de 65,26%.
O consumidor que optou por adquirir o botijão de 13 kg vazio encontrou uma variação de 92,86% nos preços praticados pelos estabelecimentos da Grande BH: entre R$ 140,00 e R$ 270,00.
O coordenador do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, lembrou que a Petrobras havia anunciado, no dia 16 de maio, uma redução no preço do gás de cozinha. Mas essa queda ainda não chegou com muita força ao bolso do consumidor.
Ele ainda destacou que a estatal havia estipulado uma nova redução no dia 1º de julho. Dessa vez, a diminuição foi de R$ 0,10 por quilo (-3,9%) no preço médio de venda do gás GLP para as distribuidoras.
Maio x Junho
Para demonstrar essa queda mais fraca no preço do gás de cozinha, o site Mercado Mineiro comparou os preços médios registrados no dia 5 de maio com aqueles observados na pesquisa do dia 30 de junho.
A redução mais forte foi observada no valor do botijão de 13 kg vendido na portaria. Nesse caso, o preço médio passou de R$ 109,08 para R$ 101,01, recuo de 7,4% ou R$ 8,07. Já o botijão de 13 kg entregue no bairro que custava em média R$ 119,97 caiu para R$ 113,06. Isso representa uma redução de 5,76% ou R$ 6,91.
Entre os cilindros de 45 kg, o destaque ficou para aqueles entregues na própria região do estabelecimento, com uma queda no valor médio de R$ 465,32 para R$ 446,28, recuo de 4,09% ou R$ 19,04. Já aqueles comercializados na portaria passaram de R$ 444,53 para R$ 432,71, redução de 2,66% ou R$ 11,82.
No caso do botijão vazio de 13 kg, o preço médio passou de R$ 180,98, no início de maio, para R$ 190,36 no final de junho. Isso representa uma variação positiva de 5,18% ou R$ 9,38.
Abreu conclui que é preciso que o consumidor realize pesquisa de preços antes de fechar a compra para que isso possa estimular a concorrência entre os estabelecimentos e acelerar a queda dos valores praticados.
“O consumidor tem que pesquisar bastante, mesmo porque o gás é um produto de primeira necessidade, e as reduções da Petrobras têm que chegar à integralidade para o bolso do consumidor”, conclui.
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