Bacia de contenção do Ferrugem está adiantada

Com o avanço das desapropriações, as obras de implantação das bacias de contenção no Córrego do Ferrugem, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deverão ser antecipadas. De acordo com a prefeita, Marília Campos, a estimativa é entregar os projetos concluídos até o final de julho de 2024. A estimativa inicial era concluir todas as obras somente no final do próximo ano.
Segundo as informações da Prefeitura de Contagem, as obras das bacias rio Volga, no bairro Riacho das Pedras, da B3, na Vila PTO, e da B4, na Vila Itaú, ambas na região Industrial de Contagem, vão evitar enchentes em Contagem e também em Belo Horizonte, onde está sendo construída a B5, na Vila Esporte Clube. As bacias terão capacidade de retenção de 755,1 mil metros cúbicos de água de chuva.
O principal impacto deve ser visto na redução das enchentes na avenida Tereza Cristina e no transbordamento do córrego Ferrugem e do ribeirão Arrudas.
Os recursos investidos nas obras de construção das bacias B3 (R$ 24 milhões) e B4 (R$ 74 milhões) foram repassados pelo governo de Minas Gerais ao município de Contagem e são provenientes do acordo feito pela mineradora Vale como compensação pelos danos ambientais causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019. A Prefeitura de Contagem vai investir R$ 7 milhões.
Marília Campos explicou que a obra da bacia do rio Volga, no bairro Riacho das Pedras, será a primeira a ser concluída, o que deve acontecer até o final deste ano.
“A bacia do rio Volga já está cumprindo a sua função de conter as águas das chuvas, de retardar para que as águas entrem mais devagar no córrego Ferrugem e, dessa forma, contribuir para que a gente tenha menos enchentes no ribeirão Arrudas. Essa bacia, a gente conclui até o final deste ano”.
Ainda segundo a prefeita, as bacias B3 e B4, das Vila Itaú e PTO, respectivamente, que também estão sendo executadas pelo município de Contagem, estão em fase inicial de obras.
“As bacias B3 e B4 já vão receber as águas das chuvas, mas não vão cumprir essa função de forma plena de conter as enchentes. Essas bacias, B3 e B4, devem ficar prontas em julho de 2024”.
A antecipação da entrega dos projetos se deve à realização em tempo hábil das desapropriações e ao clima, que tem favorecido o avanço das obras.
“Felizmente estamos com um cronograma tranquilo em função das desapropriações, que na maioria das Vilas já aconteceu. Na Vila Itaú, ainda tem algumas desapropriações que estão sendo feitas pelo Estado. A gente está acompanhando e fiscalizando para agilizar a conclusão. Agora, tudo dependerá do comportamento da natureza”, disse a prefeita.
Fim das enchentes – A expectativa com a conclusão do projeto é que as enchentes não aconteçam mais, levando segurança para os moradores, empresas e indústrias instaladas próximas à região.
“No ano que vem, nós não teremos problemas com a enchente no Ferrugem e nem no Arrudas, no ponto de convergência do córrego com o rio”.
Parte das obras é de responsabilidade do governo de Minas Gerais, que irá fazer a urbanização do local, onde será construída uma pista de caminhada, plantadas mais de 100 espécies de árvores e construído um conjunto habitacional para reassentar as famílias removidas da Vila Itaú.
De acordo com o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros de Souza, os trabalhos estão avançando. Em relação à desapropriação, na B3 o processo já está 100% concluído e na bacia do Itaú está em 90%. A previsão é encerrar até o final do ano.
O Estado deve construir 450 moradias para reassentar as famílias removidas. Segundo Souza, 150 já foram entregues, 150 estão em fase de construção e o governo pretende licitar mais 150 unidades até o final do ano.
“O conjunto total de investimento é da ordem de R$ 400 milhões em todas as bacias. Parte desses investimentos é executada pelo Estado, parte pela Prefeitura de Contagem e parte pela Prefeitura de Belo Horizonte. Estas melhorias trarão dignidade para toda a população que sofre há tanto tempo com as enchentes”, disse Souza.
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