VGV da BRZ Empreendimentos em Minas pode chegar a R$ 680 mi com MCMV

A BRZ Empreendimentos, construtora sediada em Belo Horizonte com boa parte dos empreendimentos voltados para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), prevê faturar R$ 913 milhões em 2023. Tamanho otimismo se deve ao Valor Geral de Vendas (VGV) estimado para o ano, que apenas em Minas Gerais poderá chegar a R$ 680 milhões.
Caso a projeção se confirme, o resultado representará avanço de 192% sobre os R$ 72 milhões apurados no ano passado. A empresa atua em diversas cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. E já entregou mais de 24 mil unidades, se consolidando como a terceira maior do setor no Estado e a 13ª maior do Brasil.
Segundo a sócia e presidente do conselho da BRZ Empreendimentos, Eduarda Tolentino, o VGV estimado envolve tanto os empreendimentos em carteira quanto os lançamentos previstos para os próximos meses.
“Durante o primeiro semestre, realizamos três lançamentos nas cidades de Poços de Caldas, Extrema e Congonhal – no Sul do Estado – e também temos empreendimentos ainda em comercialização em outras cidades. Além disso, no final do ano de 2022, fizemos outros três lançamentos. Com isso, temos hoje um total de seis empreendimentos em andamento no Estado, incluindo ainda as cidades de Divinópolis (Centro-Oeste) e Pouso Alegre”, detalha.
A executiva completa que há outros projetos em aprovação e aprovados nas cidades de Pouso Alegre, Varginha (Sul), Extrema, Lavras (Sul) e Nova Serrana (Centro-Oeste), que estão na prateleira para estudos e futuros lançamentos. Apenas esses têm VGV estimado em R$ 388,780 milhões. E também nos outros estados onde a empresa atua.
Construtora tem foco no MCMV
Eduarda Tolentino explica que 100% das operações da construtora está relacionada com os programas habitacionais do governo, uma vez que a empresa trabalha em parceria com a Caixa Econômica. E que a expectativa para o relançamento do Minha Casa, Minha Vida, que ocorre nesta sexta-feira (7), é muito positiva.
“Com os novos recortes territoriais, subsídios e taxas de juros, os clientes com faixas de rendas até R$ 2,64 mil e de R$ 4,4 mil a R$ 8 mil serão beneficiados com mais capacidade de financiamento e compra. Consequentemente, esperamos um incremento expressivo na performance das vendas e do tíquete médio dos apartamentos. Especialmente em Minas Gerais, regional que mais se beneficiará das novas regras do MCMV, considerando as cidades de atuação da BRZ”, avalia.
Novas regras do programa
As novas regras do programa começam a valer hoje na Caixa, com o objetivo de aumentar o acesso ao crédito imobiliário em todo o Brasil. O programa foi relançado este ano pelo governo Lula (PT), após a substituição para o nome Casa Verde Amarela, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). A meta é contratar 2 milhões de habitações até 2026.
Há alterações no escopo, para além da ampliação do teto de subsídios e mudanças na faixa de renda. Agora, além promover a construção de novas unidades habitacionais e a melhoria de moradias existentes, também apoiará a locação social em imóveis nas cidades e a inovação tecnológica para redução de custos, sustentabilidade ambiental e a melhoria da qualidade das construções.
O governo também ampliou os limites de subsídio para moradias, sendo R$ 170 mil para unidades habitacionais em cidades, operadas com fundos de Arredamento Social e Desenvolvimento Social; R$ 75 mil em áreas rurais, operada com recursos da União; e R$ 40 mil para melhorias em unidades localizadas na área rural, com recursos da União. O subsídio é a parte do financiamento paga pelo governo com recursos da União e de fundos. Além disso, vale dizer que o teto pode aumentar em caso de instalação de sistema de energia solar ou requalificação do imóvel para fim habitacional.
Atualizado em 07/07 às 18h25
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