Agronegócio

Estado tem mais de 600 mil estabelecimentos agropecuários

Minas Gerais tem mais de 600 mil estabelecimentos agropecuários, que atuam com produção bastante diversificada
Estado tem mais de 600 mil estabelecimentos agropecuários
Estado tem quatro importantes regiões produtoras de café, que permanece como principal produto da pauta exportadora do agro e tem a liderança no País | Crédito: Reuters/ Roosevelt Cássio

Hoje, dia 7 de julho, é celebrado o Dia do Produtor Rural Mineiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Minas Gerais conta com mais de 607 mil estabelecimentos agropecuários com atividade diversificada, passando pela produção tradicional de café e leite, grãos, fruticultura e carnes. O setor conta também com a produção dos diversos tipos de queijos artesanais, cada vez mais valorizados, além de produtos pioneiros como produção de azeite de oliva e vinhos premiados internacionalmente. 

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, ressalta a importância do trabalho de cada produtor rural para que o Estado seja – e continue a ser – a potência no agronegócio que é atualmente.

“Em 2022, o Produto Interno Bruto do agronegócio mineiro alcançou R$ 205 bilhões, representando 22% do PIB total de Minas. As exportações mineiras do agro somaram mais de US$ 15 bilhões, com o envio dos nossos produtos para 152 países. Por trás dos levantamentos que demonstram a força do setor, está o trabalho incansável daqueles que movimentam todo o setor produtivo do agro de Minas”, reconhece o secretário.  

No Estado, a Secretaria de Agricultura e suas vinculadas – Emater-MG, Epamig e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) – apoiam o produtor com a execução de políticas públicas que orientam o setor para uma produção sustentável, além de disponibilizar assistência técnica, serviço de vigilância sanitária que garante a qualidade da produção mineira e investir na pesquisa que gera tecnologias para aumento da produção e da produtividade. 

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História de sucesso

Com a atuação das instituições do Sistema Estadual da Agricultura, os produtores mineiros avançam em projetos, conquistam mercados externos e contribuem para o desenvolvimento local, regional e fortalecem a economia mineira.

Um exemplo é a trajetória dos produtores Antônio Henrique e Arthur Henrique de Lacerda. Pai e filho se associaram para produzir Queijo Minas Artesanal (QMA) no município de Santa Bárbara do Monte Verde, na Zona da Mata, contribuindo para resgatar uma tradição regional que havia se perdido. 

Em relação à formação técnica, eles deram os primeiros passos no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), que fica em Juiz de Fora e é um instituto de ensino superior que contribui, desde 1935, para o crescimento da indústria brasileira de laticínios, com o desenvolvimento e a difusão de tecnologias, capacitação e formação de pessoal para a indústria. 

“Os técnicos da Emater-MG nos auxiliaram com o projeto e todo o processo da construção da queijaria, da escolha do local e até na documentação. Nesta fase, também contamos com o apoio dos professores da Epamig/ILCT que vieram até aqui nos auxiliar e dos fiscais do IMA que atuam na região e estão sempre dispostos a ajudar e orientar”, reconhece o produtor Arthur Henrique. 

Registro da queijaria 

Com a dedicação da família, os investimentos no negócio e o apoio das instituições públicas para a regularização, em 2021, a Fazenda Guimarães de Lacerda recebeu o primeiro registro de uma queijaria da região das Serras da Ibitipoca, identificada como produtora de Queijo Minas Artesanal.  

Na prática, o registro concedido pelo IMA significa que o local segue os processos tradicionais de produção do queijo e que a comercialização do produto pode ser feita de forma legal. 

Educação

A alimentação escolar em Minas conta com a aquisição de produtos diretamente dos produtores rurais do Estado. Quem afirma sobre benefícios dessa parceria entre agricultura e educação é o diretor da Escola Estadual Maria Bauab Gibram, em Campo Belo, Marcos Melo.

“Os produtores rurais de Minas são fortalecidos ao garantir a venda e a entrega de seus produtos às escolas mineiras. As crianças contam com produtos fresquinhos e a alimentação escolar mais nutritiva, graças à entrega semanal dos produtos nas unidades de ensino”, comemora o diretor.

Café e cultura

Café, o principal produto da pauta de exportações do agronegócio mineiro, rende excelentes negócios. Do pé à xicara, o programa Café de Minas garante histórias e boas memórias. É o que recorda o produtor de café, Christian Ribeiro, de Itapecerica, que expõe seu produto nas feiras promovidas também pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

“Hoje, trabalho com café porque Minas investe no produtor rural. Com incentivos, conseguimos levar nosso produto às pessoas que buscam qualidade e uma experiência gastronômica com os sabores de Minas”, explica Christian.

Com programas de incentivo, também crescem no Estado as famosas trilhas de sabores. A Rota do Café, entre Carmo de Minas e São Lourenço, é um exemplo de valorização do trabalho do homem e da mulher do campo, ao oferecer para turistas uma imersão em toda a rotina de produção do café. 

Meio ambiente 

Os produtores também são protagonistas no processo de regularização ambiental dos imóveis rurais, segundo a Seapa. Desde 2021, uma articulação estadual – conduzida pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) mobiliza e engaja os proprietários rurais para adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) em Minas. Cerca de 3 mil produtores já participaram das oficinas do programa, que abordam a visão integrada do imóvel rural por meio da adequação ambiental e produtiva, além da gestão da paisagem, dos aspectos legais e dos procedimentos para a regularização ambiental.(Com informações da Seapa)

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