Economia

IPCA desacelera na RMBH em junho, mas variação ainda é a maior do País

No sexto mês do ano, a energia elétrica mais cara foi a responsável pela maior contribuição para o aumento do custo de vida na Capital
IPCA desacelera na RMBH em junho, mas variação ainda é a maior do País
Energia elétrica ficou 13,66% mais cara em Minas | Crédito: Pexels/Pixabay

O custo de vida na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) apresentou nova alta em junho. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período, foi verificado aumento de preços de 0,31%, o maior registrado entre as 16 áreas pesquisadas no País. Apesar da variação positiva, ela foi menor que a registrada em maio, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 0,48%.

No sexto mês do ano, a maior contribuição para o aumento do custo de vida na Capital veio da energia elétrica, que ficou 13,66% mais cara

Com o resultado mensal, o IPCA em Belo Horizonte registrou alta de 3,16% no primeiro semestre. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação positiva no custo de vida foi de 2,54%. 

País tem deflação

Em junho, o aumento do IPCA em Belo Horizonte, 0,31%, ficou bem acima do resultado nacional, que encerrou o mês com queda de 0,08%.

O resultado nacional caiu 0,31 ponto percentual (p.p.) se comparado com a inflação de maio, que havia crescido 0,23%. Essa é a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice no Brasil registrou deflação de 0,23%.

“Na RMBH tivemos um reajuste na conta de luz, uma situação bem regionalizada que destoou do resultado nacional. A energia elétrica foi reajustada em 28 de maio, e, ao longo de junho, a alta foi de 13,66%, provocando o maior impacto para o índice em Belo Horizonte”, explicou o coordenador da pesquisa em Minas Gerais, Venâncio da Mata.

Segundo os dados do IBGE, na RMBH, seis grupos apresentaram variações positivas: Habitação (3,49%), Despesas Pessoais (0,76%), Vestuário (0,40%), Comunicação (0,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,10%) e Educação (0,04%). 

Em junho, três grupos apresentaram deflação: Alimentação e Bebidas (-0,92%), Transportes (-0,26%) e Artigos de Residência (-0,24%).

Segundo o IBGE, a queda no grupo de Alimentação e Bebidas foi puxada pelas reduções nos preços do óleo de soja (-8,86%), do feijão-carioca (-7,82%), das frutas (-4,51%), do leite longa vida (-4,38%) e das carnes (-3,43%). Do lado das altas, se destacou a batata-inglesa, com aumento de 12,20%.

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