Economia

Calendário cheio alavanca otimismo do varejo para o 2º semestre

Ao todo, 68,2% dos empresários mineiros esperam que os negócios no período sejam melhores que no primeiro semestre
Calendário cheio alavanca otimismo do varejo para o 2º semestre
Quase metade dos lojistas (48,6%) pretende utilizar promoções como principal medida para impulsionar as vendas | Crédito: Divulgação/Fecomércio-MG

Os empresários do setor varejista de Minas Gerais estão otimistas com as vendas para o segundo semestre deste ano. Para 68,2% dos lojistas, o período será melhor que o primeiro semestre. É o que revela uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG).

Dentre os motivos para essa expectativa elevada, os mais citados pelos varejistas foram o aquecimento do comércio (31%), o fato de o segundo semestre ser sempre o melhor para o setor (30,3%) e também o clima de otimismo no mercado (29,5%).

A maioria dos donos de lojas no Estado (66,9%) apontaram o Natal como a data comemorativa que apresentará maior impacto positivo nas vendas. Outras datas como o Dia dos Pais (26,6%), Dia das Crianças (19%) e a Black Friday (18,8%) também trazem grandes expectativas para o setor varejista mineiro.

O levantamento ainda mostrou que para 40% dos varejistas a expectativa para as datas comemorativas do segundo semestre de 2023 é de resultados melhores que aqueles apresentados no ano anterior. Enquanto 22,7% esperam igualar o número de vendas e apenas 14,5% esperam que fique abaixo do alcançado no segundo semestre de 2022.

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Quase metade dos lojistas (48,6%) pretende utilizar promoções como principal medida para impulsionar as vendas no segundo semestre deste ano. Além disso, 37,1% apostam em divulgação e propaganda. Dentre os empresários, somente 14% disseram que não irão adotar algum tipo de medida.

A forma de pagamento que deverá prevalecer no período é o cartão de crédito, tanto à vista (35,9%) quanto parcelado (22,3%). Em terceiro está o PIX, com 15,5%, seguido do pagamento em débito (10,5%). O crediário/carnê e o dinheiro físico aparecem empatados com 4,1%.

Uma parcela de pessimistas

Por outro lado, 28,6% dos entrevistados na pesquisa apresentaram uma visão mais pessimista em relação aos próximos seis meses e disseram não acreditar que o próximo semestre será melhor do que o anterior.

Para essa parcela dos empresários, fatores como o alto preço dos produtos (24,6%), o endividamento e a inadimplência dos consumidores (23,8%) e o atual momento econômico do País (20,6%) podem prejudicar as vendas do comércio no período.

Desempenho no primeiro semestre

O levantamento da Fecomércio-MG ainda apontou que para 52,7% dos empresários do comércio varejista de Minas as vendas no primeiro semestre de 2023 alcançaram as expectativas para o período. Contra 46,4% que se desapontaram com os resultados alcançados.

Dentro deste segundo grupo, a maioria (34,1%) disse que o principal motivo para que suas vendas não alcançaram suas expectativas é a mudança de governo. Outros fatores como falta de crédito (19,8%), inflação (18,7%) e endividamento do consumidor (14,8%) também estão entre os mais citados pelos donos de lojas.

Porém, a percepção dos empresários do setor na comparação com o mesmo período de 2022 foi negativa. Para 44,5% dos entrevistados as vendas pioraram no comparativo, contra 28,2% que observaram melhora nos resultados. Outros 22,3% disseram que os números apresentados em ambos os períodos foram iguais.

Entre aqueles que registraram queda nas vendas, 36,7% relataram que esse recuo foi de 10,01% a 25%. Por outro lado, dentre os empresários que tiveram resultados melhores, a maioria (38,7%) informou que esse aumento foi de até 10% nas vendas.

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