Inadimplência em BH cresce menos que a média nacional

A variação anual da inadimplência entre os moradores de Belo Horizonte até o mês de junho apresentou crescimento de 5,48% frente ao mesmo período do ano anterior. O índice na capital mineira está abaixo do observado no Brasil (7,64%) e na região Sudeste (6,78%).
De acordo com o levantamento divulgado pela Câmara de Dirigentes de Belo Horizonte (CDL-BH), a faixa populacional entre 40 e 64 anos representa a maioria dos inadimplentes na Capital, com 44,9%. Enquanto aqueles com idades entre 25 e 30 anos correspondem a 33,43%. Os idosos acima de 65 anos são 16,22% e os jovens de 18 a 24 anos, 5,34%.
O presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, conta que Belo Horizonte está recuperando a força de suas atividades econômicas, principalmente aquelas ligadas ao setor de comércio e serviços.
“Nos últimos meses, tivemos um aquecimento do mercado de trabalho e aumento da massa salarial. Sabemos que ainda não estamos no cenário ideal, mas um indicador como este traz otimismo e mais confiança tanto para o empresário quanto para o consumidor”, relata.
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A pesquisa também aponta para um índice de inadimplência superior entre as mulheres, 51,7%, contra 48,3% dos homens. Para Souza e Silva, isso se explica pela alta taxa de desemprego neste gênero e também pela disparidade salarial, com homens ganhando 34,2% a mais.
Oportunidade de quitar as dívidas
O presidente da CDL-BH ainda destacou as oportunidades que os belo-horizontinos terão para quitar suas dívidas e deixarem de ser inadimplentes. Dentre elas está o programa do governo federal Desenrola Brasil, que começou nesta segunda-feira.
“Os inadimplentes já podem se inscrever pela plataforma ‘gov.br’ e aproveitar a chance de pagar as contas em atraso com condições diferenciadas”, conta.
O programa destina-se à população com renda mensal de dois salários mínimos (R$ 2.640) a R$ 20 mil. A estimativa do Ministério da Fazenda é que 70 milhões de pessoas sejam beneficiadas pelo Desenrola Brasil.
Souza e Silva também lembrou que, com o programa, as famílias que estão inadimplentes poderão negociar as dívidas que mais apertam o orçamento, como contas de água e luz, educação, cartões de crédito e boletos. “É uma excelente oportunidade para limpar o nome e retornar ao mercado de consumo”, aconselha.
Atualmente, a inadimplência atinge 67,30 milhões de brasileiros, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
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