Negócios

Rotina não pode sabotar andamento dos negócios

Empreendedor precisa entender, e agir caso precise, que a empresa é a cópia dele
Rotina não pode sabotar andamento dos negócios
Se for desorganizado, a empresa também será, afirma Cotta | Crédito: Divulgação / Momback Comunicação Estratégica

Fazer a gestão do próprio negócio e desenvolvê-lo exige muita disciplina, organização e análise a distância. Tarefas nada fáceis, mais ainda no Brasil, de carga tributária elevada, escassez de capital de giro, concorrência alta… “Para a maioria dos empreendedores, falta sair da rotina e ver o seu negócio de outra forma. Além de se dedicar ao dia a dia, ele tem que separar momentos junto de sócios ou da equipe para planejar, organizar e fazer o negócio evoluir. Pensar além da operação e dos problemas cotidianos”, diz o consultor Pedro Cotta.

Mas como conseguir, em tempo escasso, lidar com a rotina e evoluir? Ele afirma que é necessário buscar equilíbrio. “O primeiro passo é não deixar o cotidiano da empresa, com problemas e demandas 24 horas, engolir o empreendedor.” Segundo o consultor, é necessário que o empresário coloque no dia a dia atividades de planejamento, organização, treinamento de colaboradores e ações focadas no crescimento do negócio. “Quando for a hora ou o dia de executar estas atividades de desenvolvimento do negócio que ele faça acontecer e não deixe a rotina sabotar o desenvolvimento e a organização.”

Pedro Cotta explica que o empreendedor tem que entender que a empresa é a cópia dele. “Se for desorganizado, a empresa também será. Então, a primeira mudança é comportamental. Na sequência, o empresário pode mapear os pontos críticos de desorganização e começar por eles.” É preciso, de acordo com o profissional, avaliar cada ponto crítico e entender como controlar para não desorganizar novamente. Deve avaliar a implantação de ferramentas, processos e regras. “E sempre que implementar algo, comunicar e treinar a equipe sobre aquela mudança”, afirma.

O consultor lembra que existe o empresário e o empresidiário. “Este último é prisioneiro do próprio negócio. Às vezes até lucra e tem resultados, mas ele não consegue sair, viajar, tirar férias. Quando vira as costas, a empresa bagunça.” O pior, conforme ele, é quando ainda não tem lucro. “Mas o caminho para o empresário conseguir o equilíbrio entre liberdade e negócio lucrativo é um processo.” Para isto, é preciso que os problemas do cotidiano não engulam o empresário, organização, planejamento, treinamento da equipe… e delegar atividades.

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“Antes de delegar, o empresário tem que identificar quais atividades precisam ser feitas e realizadas sem a presença dele. Depois, é importante estruturar como aquela atividade deve ser feita e, consequentemente, por quem e quando”, diz Pedro Cotta. Para garantir que tudo saia conforme o planejamento, segundo ele, é interessante que o empreendedor tenha uma fiscalização ou auditoria destes processos internos. Aí, poderá deixar de ser prisioneiro do próprio negócio.

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