“Viva Ópera” é atração no Palácio das Artes

“O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”. Escrita pelo psicanalista alemão Sigmund Freud, em 1900, a frase ganha corpo na narrativa que dá vida à nova montagem operística da Fundação Clóvis Salgado. “Viva Ópera: espetáculo dos clássicos operísticos”, que estreia amanhã, às 20h30, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.
A apresentação leva ao público uma coletânea de óperas que marcaram o repertório mundial, tem sua fruição e fio condutor a partir da história de uma menina, vivida pela atriz Eduarda Fernandes, que adormece e mergulha no mundo da ópera. A personagem vive histórias que atravessaram séculos, permeadas por nove óperas que marcaram a história do gênero, como “La Traviata”, “Aida” e “Rigoletto” (foto), de Giuseppe Verdi, “Madama Butterfly”, de Giacomo Puccini e “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini.
Com concepção e direção cênica do renomado argentino Pablo Maritano, responsável por realizar o trabalho “L’italiana in Algeri”, de Rossini, indicado ao Prêmio ACE, e direção musical e regência da maestra Ligia Amadio, regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a encenação segue em cartaz na próxima sexta-feira (21) e sábado (22), também às 20h30, e no domingo (23), às 19h. Os ingressos custam R$ 40 (inteira – Plateia I), R$ 30 (inteira – Plateia II) e R$ 20 (inteira – Plateia superior). As entradas podem ser adquiridas no site da Eventim ou presencialmente, na bilheteria do Palácio das Artes. A classificação é livre.
Integram o elenco, ao lado da Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais, bailarinos do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Eiko Senda (soprano), Lucas Damasceno (tenor), Michel de Souza (barítono), Ludmila Bauernfeldt (soprano), Estefania Cap (mezzosoprano), Melina Peixoto (soprano), Fellipe Oliveira (baixo-barítono), André Fernando (barítono), Tereza Cançado (mezzosoprano), Márcio Bocca (tenor) e Filipe Santos (barítono), são os solistas do espetáculo.
A soprano japonesa e solista Eiko Senda, que já participou de outras montagens operísticas da Fundação Clóvis Salgado (FCS), como “Nabuco”, conta um pouco dos desafios envolvidos e da felicidade em interpretar quatro diferentes personagens no espetáculo. “Estou muito feliz em voltar a Belo Horizonte, ainda mais depois de ter contraído a Covid-19. Quando cheguei na cidade, pensei: Meu deus, estou de volta! É uma alegria imensa participar de mais uma montagem da FCS. No “Viva Ópera” participo de “Turandot” e “Madama Butterfly”, de Puccini, “Norma”, de Bellini, e interpreto Abgail, em “Nabucco”, de Verdi. Todas essas óperas são muito desafiadoras para uma soprano. E isso me instiga muito. O corpo precisa se adaptar em termos de voz e expressão em diferentes momentos da ópera”, destaca Eiko.
Para o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, o “Viva Ópera: espetáculo dos clássicos operísticos” revela a diversidade, a vitalidade e generosidade do repertório para ópera e que encontra na FCS a vocação e a capacidade de realização, com ampla receptividade dos públicos. “Com o ”Viva Ópera”, o Palácio das Artes revela sua capacidade artística, musical, de canto, dança e de seus acervos de cenários e figurinos. Além disso, evidencia a pujança operacional do seu Centro Técnico de Produção. O espetáculo, múltiplo nas apresentações, montagens e reproduções de momentos expressivos do repertório operístico mundial, apresenta trechos de óperas já realizadas pela FCS, que sempre são acolhidas generosamente pelos nossos públicos”, comenta Reis.
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