Falar de espiritualidade exige reflexão em grandes dimensões
Qualquer definição sobre espiritualidade será incompleta pois imporá limites onde não há, seria tentar definir dimensões ao infinito. O universo, ainda tão desconhecido por nós, estudado pela ciência que comprova eventos de centenas, milhões e até mesmo bilhões de anos, e aqui em nosso pequeno espaço, a terra, eventos de centenas de milhões de anos, incluindo aí o ser humano. Então, falar de espiritualidade, este grande mistério que nos desafia ao longo de toda a existência, não deve ser uma reflexão em poucas dimensões, e nem tampouco com alguma limitação de origem material. Este mistério que nos cerca, nos une, nos faz sentir, perceber, transcender, pensar e refletir sobre o sentido e propósito da vida, nos intriga, para muitos amedronta, para alguns é a paz, e infelizmente para outros as guerras.
A história registra a existência de algumas civilizações, que desapareceram e levaram consigo um vasto conhecimento adquirido, sem que ainda haja uma explicação científica sobre seus hábitos, cultura e tecnologia, aumentando ainda mais o mistério da existência. Seremos mais uma?
Ao longo de milênios recebemos “mensagens” sobre nossa conexão com este grande mistério, trazidas por vários seres humanos “iluminados”, avatares, mestres, gurus e santos, alguns não compreendidos à época, mas agora, após todo este tempo, quando nos tornamos seres humanos com acesso a mais conhecimento, informação, desenvolvimento e experiências, conseguimos dar mais amplitude à reflexão destas mensagens, as entendendo melhor, e também a nossa relação e conexão com este mistério, assimilando um pouco desta sabedoria e de nosso autoconhecimento.
A ciência busca de forma incessante as explicações lógicas e mensuráveis para tudo, comprova a evolução do ser humano ao longo de centenas de milhões de anos, inclusive a existência de uma “inteligência espiritual”, um ponto em nosso cérebro que nos conecta com Deus, comprovado por análises cerebrais e comportamentais de pessoas que acreditam em algo além desta realidade e se mostram mais positivas que a média.
A percepção e vivência com mais plenitude da vida espiritual demanda transcender este mundo da matéria, buscando sentido e propósito em algo que está dentro de nós, mas para o qual a maioria talvez ainda não esteja plenamente preparada para se entregar e viver. Ainda somos impedidos por nossos limites, culturais, religiosos, valores sociais, crenças, vaidades, ego, poder, entre tantos outros, que nos mantem ligados, ou apegados, ao mundo da matéria, distantes do mundo mais sutil do espírito, impedindo a sintonia.
Viver a espiritualidade em sua essência, mesmo sem saber exatamente o que é, nos leva ao caminho para a verdade e a vida plena em felicidade, fortalece a vontade de se entregar e aceitar que somos parte deste mistério, que com ele estamos plenamente conectados, juntamente com tudo e todos, frutos de uma única natureza em processo contínuo e profundo de transformação. Acreditar que a vida não se limita a esta pequena existência, ampliar nossos sentidos, conhecidos ou não e vencer nossas barreiras limitantes. Valorizar e potencializar aquilo que nos fortalece perante este mistério, vai nos proporcionar clareza no entendimento de nosso sentido e propósito na vida, e com a mente calma e ativa seremos “tocados” pelo amor infinito de Deus, em forma de uma vibração, luz ou energia que não explicamos, mas certamente sentiremos uma felicidade plena e permanente, apenas pelo fato de SER HUMANO.
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