Troca nos ministérios é criticada

São Paulo – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou ontem de evento em São Paulo e falou sobre a reforma ministerial em preparação pelo governo Lula (PT).
Lira criticou a forma como o assunto tem sido abordado nos bastidores e disse que isso não contribui para a governabilidade do governo federal.
“Eu penso que esse assunto está sendo, de uma certa forma, atropelado. Isso não ajuda na governabilidade. E eu acho que o governo tem que ajudar a se facilitar”, afirmou ao final de um almoço-debate do Lide – Grupo de Líderes Empresariais.
Questionado se o deputado chegou a se reunir na semana passada com o presidente Lula para tratar do assunto, Lira negou.
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“Esse não é um assunto prioritário para a presidência da Câmara. O presidente Lula está imbuído de resolver esse assunto. Tem que ser no tempo do governo, da maneira que o governo achar, e aí sim ele me chama oficialmente”, acrescentou.
O parlamentar afirmou que só teve reunião com o petista logo após a aprovação da reforma tributária na Câmara.
“A única coisa que eu disse é que quanto mais o governo tiver facilidade no plenário, tanto melhor para eles e para mim”, declarou. .
Projetos
O presidente da Câmara disse não ter lido ainda os dois projetos de lei assinados por Lula, que endurecem o combate a crimes contra a democracia.
Um dos projetos, que foram chamados de pacote da democracia, propõe ainda pena maior a quem atentar contra a integridade física dos presidentes da República, da Câmara e do Senado, além dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Lira concordou que deve haver algum tipo de regramento para punir agressões a políticos. “A gente tem o direito de divergir, de pensar diferente, de ter ideologias diversas. A gente só não tem o direito de agredir ninguém por ocupação de cargos públicos”, disse.
O parlamentar afirmou que o assunto já tem tramitado no Congresso por meio de outros projetos de lei. “A gente vai ter que ver como regra isso, sem nenhum tipo de privilégio, mas também a gente não pode permitir que essas coisas [agressões a políticos] continuem acontecendo, principalmente a familiares”. (Stéfanie Rigamonte)
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