Economia

Inadimplência das empresas de BH fica abaixo da média nacional

O indicador apresentou uma variação positiva de 4,22% na capital mineira, 6,08 p.p. abaixo do observado no País (10,3%)
Inadimplência das empresas de BH fica abaixo da média nacional
Entre os setores, comércio (-1,21%) e indústria (-1,42%) foram aqueles que tiveram os maiores recuos na inadimplência | Crédito: Adobe Stock

O índice de inadimplência das empresas de Belo Horizonte apresentou variação positiva de 4,22% em junho frente ao mesmo mês do ano anterior.

De acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), esse resultado é 6,08 p.p. abaixo do observado no Brasil (10,3%).

O indicador da capital mineira também ficou abaixo da média na região Sudeste e em Minas Gerais, que ficaram em 9,51% e 8,13%, respectivamente.

Mesmo assim, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, adverte que o cenário de inadimplências entre as empresas da Capital ainda não é o ideal, mas vem apresentando condições mais favoráveis que o restante do país.

“Os setores de comércio e agricultura, em especial, são os que têm apresentado melhor desempenho no pagamento de suas contas”, revela.

De acordo com a pesquisa, os setores do comércio e indústria foram aqueles que tiveram os maiores recuos no índice de junho: o comércio retraiu a inadimplência em 1,21% na comparação com junho de 2022, já a indústria recuou em 1,42%.

Entre as atividades, a agricultura é a que apresenta o menor valor médio devido, com R$ 4.641,94. Logo em seguida vem a indústria, com R$ 5.287,70, e os serviços, com R$ 5.413,68.

Já o comércio registrou o maior montante devido, com média de R$ 6.353,91. “O valor total das dívidas do comércio é maior que o da agricultura, serviços e indústria. Contudo, no período analisado, agricultura e serviços conseguiram pagar menos contas. Isso explica a inadimplência maior nesses setores”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.

Em relação à inadimplência enfrentada por segmentos, os maiores índices são sentidos pelos fornecedores de serviços como água e luz (15,32%), comunicação; internet e telefonia (6,21%) e bancos (3,78%).

Expectativas para o segundo semestre

Souza e Silva revela que a expectativa para este semestre é de que as empresas e as lojas da cidade reduzam ainda mais a inadimplência. Isso porque, o período contará com importantes datas comemorativas, com a injeção de renda extra na economia e com as famílias retornando ao mercado de consumo devido a renegociação das dívidas por meio do programa Desenrola Brasil.

“Esperamos que o aquecimento da economia seja mais significativo. Teremos datas como Dia dos Pais e das Crianças, Black Friday e Natal. Todas elas irão impactar positivamente a cadeia econômica. Além disso, campanhas de negociação de dívidas podem favorecer a saúde financeira das empresas ”, completa.

Vale ressaltar ainda que essa tendência de índice de inadimplência inferior à média nacional vem ocorrendo, não só entre as empresas, mas também entre os moradores de Belo Horizonte.

Segundo dados da CDL/BH, o indicador apresentou crescimento de 5,48% no primeiro semestre de 2023, frente ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado é inferior ao observado no Brasil (7,64%) e também na região Sudeste (6,78%).

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