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Vendas da Hypera crescem em ritmo menor em julho na comparação com 2022

O desempenho marca uma desaceleração sobre a expansão de 16% do mercado e de cerca de 20% da Hypera em julho de 2022
Vendas da Hypera crescem em ritmo menor em julho na comparação com 2022
Crédito: Adobe Stock

São Paulo – A Hypera tem registrado crescimento de vendas em julho, mas em um nível mais lento do que o apurado um ano antes, por uma combinação de fatores que incluem um quadro gripal da população de volta a níveis históricos após a pandemia e rivais com mais oferta de produtos, afirmaram executivos da farmacêutica na sexta-feira (28).

A companhia divulgou na noite da véspera lucro líquido das operações continuadas de R$ 504,4 milhões no período de abril a junho deste ano, alta de 10,7% na comparação anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) das operações continuadas foi de R$ 772,7 milhões, crescimento de 14,6%.

“Estamos vendo normalização da temporada de gripe… Muito próxima do que víamos na pré-pandemia, em 2018 e 2019”, disse o diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios da Hypera, Adalmario Satheler do Couto, em conferência com analistas após a divulgação dos números da empresa.

“Não é que as pessoas não estão ficando gripadas, mas é uma demanda mais normalizada”, disse o executivo, se referindo à categoria de antigripais, uma das principais do portfólio de produtos da Hypera.
Segundo o presidente-executivo da companhia, Breno de Oliveira, as vendas da Hypera em julho para consumidores finais, o chamado sell out cresceram perto do ritmo do mercado, de cerca de 11% sobre um ano antes.

O desempenho marca uma desaceleração sobre a expansão de 16% do mercado e de cerca de 20% da Hypera em julho de 2022, segundo os dados citados por Oliveira.

“Os concorrentes voltaram com disponibilidade de produtos e estamos tento um desempenho um pouco pior do que imaginávamos por esses fatores”, comentou o executivo.

O impacto da queda do dólar ante o real sobre a empresa, que tem na importação de insumos para a produção de medicamentos um importante componente nas contas, deverá ser sentido no balanço financeiro da Hypera mais entre o final deste ano e início de 2024, disse Couto.

Segundo o executivo, o mecanismo de hedge da empresa está “mais ou menos até o final de outubro” considerando um câmbio de R$ 5 por dólar, e a empresa não pretende ampliá-lo.

“As novas compras vamos conseguir trabalhar com câmbio menor, mas isso deve demorar um pouco mais para transitar no nosso custo, provavelmente mais no início do ano que vem”, disse o diretor de relações com investidores.

“Considerando o nível atual de R$ 4,80 (por dólar), teremos mais ou menos 1 ponto percentual de impacto na margem bruta”, acrescentou.

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