Americanas aumenta ritmo de demissões em todo o País

A varejista Americanas está intensificando o ritmo de demissões. Na semana entre os dias 17 e 24 deste mês, a varejista desligou 1.404 funcionários, conforme informação do relatório de recuperação judicial da companhia. Em Minas Gerais, o diretor do Sindicato dos Comerciários de Belo Horizonte e Região (SCBHRM), Everton Ferreira Ataide, confirma que nos últimos 15 dias, as homologações, que eram mais esporádicas, aumentaram. “Ainda não temos os números, estamos fazendo o levantamento, o sindicato está acompanhando os casos”, diz.
O dirigente afirma que a situação é preocupante e aconselha aos funcionários da empresa a procurarem o sindicato para receber as orientações necessárias e esclarecer dúvidas.
Procurada pela reportagem, a Americanas informou que não adicionará informações ao que foi divulgado no relatório semanal do administrador judicial, que está disponível no site de Relações com Investidores (RI) da companhia.
Por meio de nota, a empresa confirmou que, diante da reestruturação de algumas frentes de negócio a partir de seu plano de transformação, realizou o desligamento de colaboradores. E acrescentou que segue com foco na manutenção de suas operações e no aumento de sua eficiência.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
“A Americanas reforça seu comprometimento com a transparência na relação com os sindicatos, mantendo-os informados dos movimentos de reestruturação, assim como garante o cumprimento integral e tempestivo de suas obrigações trabalhistas, na forma da legislação vigente”, diz a empresa em trecho da nota.
Histórico
Em fevereiro deste ano, a unidade da Lojas Americanas no Só Marcas Auto Shopping, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), encerrou as atividades. Na ocasião, a companhia informou que a ação fazia parte de uma estratégia de otimização de espaços já em andamento desde 2022.
Foi em junho deste ano, que a Americanas assumiu formalmente, que houve fraude feita pela diretoria anterior. E em janeiro a empresa solicitou o pedido de recuperação judicial na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Com relação ao rombo, há estimativas que chegam a R$ 46 bilhões.
Conforme estimativa do sindicato, em janeiro deste ano, a companhia contava com 168 lojas espalhadas por Minas Gerais, sendo 48 em Belo Horizonte e na região metropolitana.
Ouça a rádio de Minas