Economia

Stellantis aposta em tecnologia de propulsão híbrida para mercado brasileiro

Soluções tecnológicas para veículos de propulsão híbrida foram divulgados nesta segunda-feira (31), na fábrica de Betim, e devem estar no mercado em 2024
Stellantis aposta em tecnologia de propulsão híbrida para mercado brasileiro
Foto: Stellantis/Divulgação

A Stellantis, grupo automotivo mundial que tem unidade em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), apresentou nesta segunda-feira (31) diversas soluções tecnológicas para veículos de propulsão híbrida por meio das plataformas: Bio-Hybrid, Bio-Hybrid e-DCT e Bio-Hybrid Plug-In. A partir de 2024, os modelos híbridos já devem estar no mercado.

A aposta da companhia para o mercado brasileiro é a combinação de eletrificação com etanol. A escolha é fruto da realidade do País, que possui uma matriz energética limpa, renovável, além da produção etanol. Há também a arquitetura BEV (veículo 100% elétrico), que para ser largamente implementada no mercado brasileiro, requer investimentos em infraestrutura no País.

O Bio-Hybrid é uma solução pautada no sistema elétrico híbrido multifuncional com bateria de íon-lítio. Já o Bio-Hybrid e-DCT envolve dois motores elétricos (tensão de 12V e 48V), que fornecem energia para impulsionar o veículo em modo totalmente elétrico ou em conjunto com o motor térmico.

Há também a solução Bio-Hybrid Plug-In, que combina motores elétricos com o motor térmico e permite a condução 100% elétrica, 100% térmica ou ainda a condução híbrida. A arquitetura BEV conta com uma bateria de alta tensão recarregada com sistema de regeneração ou através de fonte de alimentação externa elétrica.

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Crédito: Stellantis/Divulgação

Essas tecnologias estão ligadas aos objetivos estratégicos globais da companhia, que contempla a redução de 50% de gás carbônico (CO2) em 2030 e a descarbonização completa de todo o ciclo de produção até 2038. Além disso, o grupo quer acelerar as vendas de carros elétricos, com um mix de vendas de 20% de elétricos no Brasil, de 50% nos Estados Unidos e de 100% na União Europeia em 2030.

Para conseguir esse objetivo, conforme já noticiado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, os fornecedores da fábrica da Stellantis, em Betim, têm até 2026 para se adequarem aos parâmetros de descarbonização da montadora.

A redução de emissões de CO2 é um dos requisitos para que as empresas mantenham seus contratos ativos com a companhia nos próximos anos.

Frota baixo carbono

Ontem (31), o vice-presidente de assuntos regulatórios para a América do Sul da Stellantis, João Irineu Medeiros, destacou que cerca de 20% das vendas na China no ano passado foram de veículos elétricos, o que corresponde a cerca de 5% da frota circulante do país Asiático. “A China tem uma demanda muito grande de descarbonização”, diz.

Ele destacou que o Brasil tem uma matriz energética diferenciada, com destaque para a alta participação de energia renovável, e que já conta com uma frota 30% de baixo carbono, em razão do uso do etanol como combustível. “Isso fazendo uma conta por baixo, sem considerar o etanol presente na gasolina”, observa. Medeiros afirma que a situação é única no mundo.

Crédito: Juliana Gontijo

Resultados

O presidente da Stellantis para América do Sul, Antonio Filosa, ressaltou os resultados globais da companhia, que teve receita líquida de 98,4 bilhões de euros no primeiro semestre deste ano.

A Fiat foi a marca de destaque em vendas globais do grupo no período, sendo líder no Brasil, Itália e Turquia.

A companhia tem 23,7% do mercado da América do Sul, melhor resultado do grupo para a região. No Brasil, detém a liderança, com 32,3% de participação, bem como na Argentina com 31,2%.

“Estamos crescendo em todos os países da América do Sul”, diz.  Foram 411 mil unidades vendidas na região.

O executivo lembrou que os investimentos para a América do Sul em curso até 2025 chegam a R$ 16 bilhões, com 43 lançamentos de oito marcas (Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën, Ram, Abarth, Opel e DS), no intervalo de 2021 a 2025.

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