Agronegócio

Plano Safra e Funcafé têm R$ 618 mi em crédito

Governo de Minas e BDMG lançaram ontem os programas; para novo período, banco expandiu linhas para agro
Plano Safra e Funcafé têm R$ 618 mi em crédito
No discurso, governador Zema reforçou que BDMG tem batido recordes de empréstimos | Crédito: Danielle Moura/Seapa

O Plano Safra e o Funcafé 2023/2024 terão R$ 618 milhões em crédito para financiar o agronegócio no Estado. O governador Romeu Zema e o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Gabriel Viégas Neto, lançaram os dois programas ontem, na sede do banco. O valor é mais do que o dobro do ofertado na safra anterior pelo banco por meio dos dois programas.

O crescimento na oferta de crédito se dá, principalmente, pelo aumento de mais de 1.000% nos recursos disponibilizados ao banco por meio do Plano Safra, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), alcançando R$ 385 milhões para financiar o agronegócio em Minas Gerais. Somam-se a isso os recursos provenientes do Funcafé, cuja fatia a ser trabalhada pelo BDMG chega a R$ 232,6 milhões.

Nos últimos 12 meses, mais de um terço dos desembolsos do BDMG foi para o agro, um dos principais setores financiados pelo banco. Com o aumento dos recursos provenientes do Plano Safra, somado aos mais de R$ 500 milhões em recursos próprios do banco, a expectativa é de desembolsos recordes na nova safra 2023/2024, com aumento de 20%.

“Quero dar os parabéns ao Gabriel Viégas e a toda a equipe do BDMG, que têm feito um trabalho exemplar. O banco nesse período tem batido recordes de empréstimos e de resultados, porque só emprestar não é suficiente, é necessário receber e ter resultado. Isso demonstra que uma gestão séria e comprometida, focada no desenvolvimento, dá resultado”, elogiou o governador.

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Oferta de crédito

Para a nova safra o BDMG expandiu o número de linhas oferecidas ao setor agro. Com isso, o banco vai aumentar seu escopo de atuação, como no caso do financiamento à ampliação, modernização, reforço e construção de armazéns para a guarda de grãos, frutas, tubérculos, entre outros. Chamada de PCA, a linha é destinada a cooperativas de produção, sendo a de menor taxa de juros dentro do Plano Safra: 7% ao ano, com 144 meses para pagamento e carência de dois anos. Esse tipo de financiamento tem uma demanda cada vez maior, uma vez que a produção no Estado tende a crescer 10,6% no próximo ano e a armazenagem permite um melhor planejamento da venda dos grãos.

O BDMG também vai oferecer crédito para incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; apoio e fomento a setores de produção agropecuária; incremento à competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas; capital de giro; e incentivo ao desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável e redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias. Esta última, com taxa de juros de 8,5% ao ano.

Café

Para apoiar a produção de café, setor em que Minas Gerais é líder nacional, o banco seguirá ofertando três tipos de crédito: Comercialização, que permite financiar cooperativas em valor equivalente à quantidade de produto armazenado para venda futura em melhores condições de mercado; o FAC, que consiste no financiamento da compra do café diretamente dos produtores rurais; e Capital de Giro.

Pelo terceiro ano consecutivo, o BDMG encerrou a última safra liderando em valores liberados entre as instituições financeiras que atendem às três linhas no País. Foram 100% dos recursos destinados ao banco desembolsados, totalizando quase 5 mil produtores rurais impactados em todo o Estado. Desde a safra 2014/2015, o banco já financiou R$ 2 bilhões à produção cafeeira mineira via Funcafé.

Para a nova Safra, os R$ 232,6 milhões que caberão ao banco serão ofertados com taxa fixa de 11% ao ano e com prazos que variam de 12 a 24 meses.

Como proceder

Presente à solenidade, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, explicou como os produtores devem proceder: “O produtor deve procurar, inicialmente, através da Secretaria da Agricultura, a Emater-MG, que é uma das empresas de assistência técnica, para fazer um projeto. Nós temos também o Senar, que dá a assistência técnica para poder auxiliá-lo. E aí, sim, com o projeto em mãos, com o cadastro feito, ele vai procurar qual a melhor linha de crédito para poder fazer seu empréstimo e crescer mais”. (Com informações do BDMG)

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