Cemig estuda opções para renovar concessões

São Paulo – A Companhia Energética de Minas Gerais(Cemig) está estudando todas as opções na mesa para renovar as concessões de três usinas hidrelétricas, não tendo descartado ainda nenhuma alternativa, disse na sexta-feira (4) o diretor de geração e transmissão da estatal mineira, Thadeu Carneiro.
“O que estamos trabalhando hoje são todas as oportunidades, e obviamente isso tudo depende do poder concedente para ver qual delas vai ser a possível de ser realizada… Não estamos optando por uma em detrimento da outra”, afirmou o executivo, durante teleconferência de resultados.
No mês passado, a Cemig divulgou que manifestou à União seu interesse em prorrogar as concessões das usinas Sá Carvalho, Emborcação e Nova Ponte sob o regime de cotas de garantia física, mas ponderou que analisava outras alternativas legais.
Além da prorrogação por cotas, a companhia pode renovar as concessões por meio da venda do controle das usinas. Essa alternativa, porém, dependeria de aprovação do legislativo local, já que representaria a assunção por uma outra empresa de parte relevante do parque gerador da Cemig.
Outra alternativa seria a privatização da “empresa-mãe”, isto é, da própria Cemig. Esse cenário se assemelharia ao caso da Copel, que conseguiu atrelar a renovação integral sua principal usina hidrelétrica, Foz do Areia, ao processo de privatização — se continuasse estatal, a Copel teria que renovar a concessão sob as mesmas condições aplicadas à Cemig.
Desinvestimentos
Ainda na teleconferência, o diretor da CemigPar, Marco Soligo, comentou que a companhia já finalizou trabalhos preparatórios internos sobre uma potencial abertura de capital da distribuidora de gás Gasmig, mas que ainda não há decisão tomada sobre seguir com esse processo.
“Talvez a gente não a faça, porque isso está muito relacionado ao processo de desestatização da própria Cemig. Dependendo de como esse processo anda, a gente faz a abertura de capital da Gasmig”, disse.
Soligo comentou ainda que a elétrica segue com estudos internos e com assessores externos para eventual alienação de participação na transmissora Taesa e em outras empresas. “Queremos estar preparados para quando a oportunidade se concretizar”.
Aportes
Em paralelo, a elétrica mineira está “otimista” de que conseguirá executar os R$ 5,4 bilhões em investimentos previstos para seus negócios neste ano, com destaque para R$ 3,2 bilhões na distribuição de energia, disse o diretor financeiro, Leonardo Magalhães.
Segundo ele, a companhia fez investimentos relativamente tímidos nos negócios de geração centralizada, geração distribuída, transmissão e gás no primeiro semestre, e tem a expectativa de acelerar os aportes na segunda metade do ano.
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