Veja os destaques da agenda cultural desta terça (08/08)!

“Dignidade como Utopia”
Artista autodidata, o carioca Wallace Pato já teve obras expostas em Inhotim e no Museu de Arte do Rio de Janeiro e agora inaugurou sua primeira individual em Belo Horizonte. “Dignidade como Utopia” pode ser vista até 16 de setembro, na Mitre Galeria (rua Tenente Brito Melo, 1.217, Barro Preto), entre terça e sexta-feira, de 10h às 19h, e nos sábados, de 10h às 16h, com entrada gratuita. As obras que compõem a exposição partem de uma pesquisa que Wallace Pato vem fazendo há alguns anos a partir de andanças pelo Brasil e que tem como base a junção do sertão com o mar. Enquanto figura de linguagem, essa convergência de opostos parte do princípio de que a dignidade deixará de ser uma utopia. “Há nas pinturas uma atmosfera de esperança, uma vontade de acontecimento, uma iminência que pode ser vista como uma espécie de preparação para o momento em que a dignidade passa a ser realidade” explica Rodrigo Mitre, um dos sócios da galeria.
Design modernista no Brasil
As conexões entre o design modernista no Brasil do século XX e os caminhos para se pensar o presente e o futuro são tema do “Talks sobre o design brasileiro – Modernismo e suas conexões”, que será realizado pela Casa Fiat de Cultura em parceria com o Museu da Cadeira Brasileira e a Escola de Design da UEMG. Hoje, amanhã e na quinta-feira (10), assuntos como o pioneirismo do design modernista no País, sua força como movimento social, seus fragmentos históricos e a notável identidade criada pelos designers contemporâneos serão tratados pelos professores convidados: João Caixeta, Adriana Dornas, Moema David Oliveira e Rita Ribeiro. Os ciclos de conversa serão realizados sempre às 19h e os interessados podem se inscrever gratuitamente pela Sympla. A chegada dos imigrantes no País, no período entre guerras, influenciou os rumos do design brasileiro, o que permitiu novos diálogos, propostas criativas e técnicas construtivas. Hoje, o designer, professor e mestre em Artes, João Caixeta, vai conduzir a palestra “O pioneirismo do design modernista no Brasil como movimento internacional”.
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“Sol à meia-noite”
Após longo período na Europa, integrando o Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards, a atriz e performer Graziele Sena está de volta a Belo Horizonte. Mutiartista, performer, pesquisadora e instrutora de teatro, ela apresenta amanhã, às 14h30, o espetáculo “Sol à meia-noite”, no Cras Aarão Reis (avenida Risoleta Neves, 347, Guarani). A peça já passou pela Funarte, Bar do Cacá, Galpão Cine Horto e Reinado 13 de Maio. A pesquisa e criação foram desenvolvidas a partir de uma trajetória de mais de nove anos de investigação artística em torno dos cantos tradicionais afro-diaspóricos milenares. Aprovada pelo Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte, a performance cênico-musical integra o Projeto Ressonâncias, idealizado por Graziele, que busca promover o desenvolvimento e a discussão sobre saberes tradicionais na pesquisa e criação cênica na arte contemporânea, além de contribuir para o diálogo e a reflexão sobre a identidade negra no Brasil.
“A Invasão do Povo do Espírito”
O mexicano Juan Pablo Villalobos, um dos mais reconhecidos autores latino-americanos da atualidade, é atração do Sempre Um Papo, onde participa de debate e lançamento de seu mais recente livro, “A invasão do povo do espírito”, em conversa mediada pelo jornalista Afonso Borges. Depois do bate-papo, o autor dos Best sellers “Festa no covil”, e “Te vendo um cachorro” autografa seus diversos livros. O evento será realizado hoje, às 19h30, no Teatro José Aparecido de Oliveira, na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. A entrada é gratuita. Editado pela Companhia das Letras, “A invasão do povo do espírito” acompanha a história de dois imigrantes que precisam lidar com uma dura crise existencial em meio a burocracias, teorias da conspiração e uma doença terminal. Protagonizado por Gastón, Gato (que na verdade é um cachorro), Max e Pol, o livro apresenta uma narrativa extremamente atual que descreve a força dos laços afetivos, tendo como pano de fundo a xenofobia, a corrupção e a gentrificação.
Exposições inéditas
A dotART galeria (rua Bernardo Guimarães, 911, Lourdes) tem se firmado como um dos poucos espaços no Brasil onde os artistas podem se reinventar, experimentar e apresentar novos fazeres artísticos. Além de fomentar a produção e o consumo da arte, quem ganha é o público, que pode conhecer os expoentes do cenário brasileiro. É o caso das exposições inéditas “Baluarte de Ramos”, de Rena Machado, e “Enredo para redenção: sabiá, açaí, ou qualquer tipo de proteção tropical”, de Elvis Almeida, que entram em cartaz hoje, com inauguração das 17h às 20h, com a presença de ambos os artistas, e podem ser visitadas até 4 de novembro. Wilson Lazaro, diretor artístico da dotART destaca dois ineditismos nas exposições. Enquanto Elvis Almeida traz para “Enredo para redenção: sabiá, açaí, ou qualquer tipo de proteção tropical” suas mais recentes criações, Rena Machado apresenta em “Baluarte de Ramos” sua primeira mostra em galeria, reescrevendo suas experiências de murais para as telas.
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