Editorial

Petrobras tem a receita

Não existe decisão final a respeito e não se pode negar à Petrobras a correção de erros ou falhas que venham a ser anotadas
Petrobras tem a receita
Crédito: Reuters

A questão da prospecção de petróleo na foz do rio Amazonas, onde existem fortes evidências da presença de reservas comparáveis àquelas do pré-sal, voltou a ser abordada pelo presidente Lula, depois de afirmar que continua sonhando com a possibilidade de sua exploração. Para o presidente, que lembrou as ressalvas de ambientalistas com relação ao assunto e a negativa do Ibama em autorizar prospecções na região, não existe decisão final a respeito e não se pode negar à Petrobras a correção de erros ou falhas que venham a ser anotadas. É isso e é muito mais, pelo menos para quem pensa a sério o destino do País e de sua população.

Definitivamente não faz o menor sentido e felizmente é bastante improvável que isso venha a acontecer, que a atuação da Petrobras, que diz respeito à construção de um futuro melhor para todos, possa ser barrada por ações impetuosas, contidas no argumento de que a chamada Margem Equatorial, que abrange vasta área que vai do Extremo Norte ao Nordeste, seria “sensível por reunir grande quantidade de fauna e flora marinha, além de concentrar grande parte dos manguezais do País”. Sensível sim, e sem dúvida, porém da mesma forma que se pode afirmar que não seria tão sensível quanto a miséria, a falta de oportunidades e até a fome como destino evitável para milhões de brasileiros, caso as riquezas naturais do País, como no caso, sejam adequadamente exploradas. Ou para a própria região amazônica, que não deve ser entendida como um santuário intocável.

A questão, que faz tempo se desgarrou do debate sensato e sustentado por bons fundamentos técnicos para ser transformada numa espécie de palco para exibição de vaidades e ou obtusidades, é fazer o que deve ser feito, tendo em conta o interesse maior do País, o que absolutamente não afasta dos melhores cuidados e das melhores técnicas. Exatamente como a Petrobras já demonstrou sobejamente que tem competência para fazer, o que está bem ilustrado no seu trabalho no litoral dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, que concentra a maior parcela da produção de petróleo no País e onde não existe registro de um único acidente ambiental relevante ao longo de décadas.

Fazer sim, fazer como a Guiana Francesa já está fazendo e na mesma bacia, com resultados auspiciosos e suficientes para confirmar a existência de grandes reservas. Fazer bem feito como a Petrobras, para desespero daqueles que não se conformam com sua existência, já demonstrou ser capaz, dando ao País autossuficiência em produção de petróleo justamente porque conseguiu calar aqueles que diziam que no Brasil não existia petróleo em condições de exploração comercial.

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