Economia

Diretor da Petrobras diz que política de preços consegue ainda absorver as defasagens

É o terceiro dia de defasagem acima de R$ 1 por litro. No caso da gasolina, a diferença era de R$ 0,70 por litro
Diretor da Petrobras diz que política de preços consegue ainda absorver as defasagens
Crédito: Agência Petrobras

Rio – O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse ontem que a empresa ainda vê muita volatilidade no mercado de petróleo e que a política comercial da empresa ainda consegue absorver as defasagens nos preços dos combustíveis.

A companhia vem sendo questionada pelo mercado por praticar preços dos combustíveis bem abaixo das cotações internacionais nas últimas semanas. O tema esteve no foco de teleconferência com analistas na última sexta-feira (4), quando a empresa detalhou o resultado do segundo trimestre de 2023.

“Hoje vivemos momento muito forte de volatilidade, mas entendemos que dentro da estratégia comercial ela é absorvida”, disse o executivo, em entrevista após participar da feira Rio Pipeline, no Rio de Janeiro.

Ele repetiu o argumento de que a nova estratégia comercial da companhia não prevê o repasse imediato de oscilações no mercado externo e considera também fatores internos na definição dos preços, como o custo de combustíveis concorrentes e o valor marginal de produção.

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As cotações internacionais do petróleo cederam nos últimos dias, mas permanecem em patamares bem superiores aos verificados quando a Petrobras anunciou a mudança na política de preços, reduzindo os valores cobrados por suas refinarias nas vendas de gasolina e diesel.

Na abertura do pregão desta terça, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras estava R$ 1,03 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

É o terceiro dia de defasagem acima de R$ 1 por litro. No caso da gasolina, a diferença era de R$ 0,70 por litro, de acordo com as estimativas da Abicom.

No segundo trimestre, quando a Petrobras iniciou a nova estratégia comercial, a área de refino da estatal teve a menor margem de lucro desde o período mais crítico da pandemia. O lucro do segmento caiu 87% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Na última sexta-feira, em coletiva para detalhar o balanço do período, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates negou que a nova política tenha impactado o resultado. “Vi várias pessoas tentando atribuir esse resultado à política de preços. É absolutamente desconexa essa linha de raciocínio”, afirmou. (Nicola Pamplona/Folhapress)

Transpetro pode adquirir embarcações em 2024

A Transpetro, subsidiária de transportes e logística da Petrobras, pretende fazer licitação para construção de embarcações para a estatal no primeiro semestre de 2024, disse o presidente da companhia, Sérgio Bacci, ontem.

Falando a jornalistas antes de participar de evento no Rio de Janeiro, ele detalhou planos sobre a retomada da construção de navios próprios eventualmente em estaleiros brasileiros, um projeto da nova gestão indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Quero até o fim do ano ter esse projeto com a Petrobras fechado para fazer todo o processo de licitação no ano que vem, e em seis meses resolver o processo licitatório para assinar contratos em meados do ano que vem e começar esses navios”, disse.

Segundo Bacci, a Transpetro está em conversas com a Petrobras para definir o tipo e a quantidade de navios que serão incluídos em licitação.

Mas ele adiantou que o certame deve ter navios de cabotagem de grande porte para transporte de petróleo na costa brasileira.

O executivo disse ainda que empresa está priorizando a troca de dutos de mais de 50 anos de existência. A Transpetro possui uma rede de 8.500 km de dutos. (Reuters)

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