Economia

Minas se destaca na oferta de voos internacionais

Os assentos em voos internacionais no Estado cresceram 103%; no BH Airport, o número de destinos quase quadruplicou nos últimos meses
Minas se destaca na oferta de voos internacionais
O BH Airport vem atuando, junto ao governo estadual e as companhias aéreas, para o desenvolvimento de novas rotas | Crédito: BH Airport / Divulgação

A oferta de assentos em voos internacionais em Minas Gerais está 103% maior neste terceiro trimestre frente ao registrado no mesmo período de 2022. Esse é o maior avanço entre os estados brasileiros. É o que aponta uma pesquisa realizada pela empresa especializada em análise de dados de viagens, ForwardKeys.

Até o momento, o crescimento da oferta, tanto de voos internacionais partindo de Minas quanto com destino ao Estado, foi 78 pontos percentuais (p.p.) superior ao registrado no País, que aumentou 25% no período. Minas Gerais foi o único Estado a superar a barreira dos 100% de crescimento, já que o segundo colocado no ranking foi Pernambuco com avanço de 90%.

Por outro lado, o aumento na oferta de assentos em voos domésticos tem sido bem mais tímido em Minas Gerais, com variação positiva de 9% no decorrer do terceiro trimestre deste exercício. Esse crescimento é inferior à média nacional que está 13% maior. Entre os estados, o destaque foi o Rio de Janeiro, com avanço de 27%.

Em nota, o diretor-presidente do BH Airport, Daniel Miranda, ressaltou o trabalho do aeroporto, junto ao governo estadual e as companhias aéreas, para o desenvolvimento de novas rotas que liguem Minas Gerais com o restante do mundo.

“Para se ter uma ideia, o número de destinos internacionais do aeroporto quase quadriplicou nos últimos meses. Até o final de 2022, o aeroporto contava com as rotas para Lisboa, em Portugal, pela TAP, e Panamá, pela Copa. Em março deste ano, foi lançado o voo para Bogotá, na Colômbia, pela Avianca. Em junho, foi a vez de inaugurar as rotas para Curaçao, na ilha no Caribe, e para Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, pela Azul. Em setembro, haverá o lançamento do voo para Orlando, também pela Azul. Já em novembro, será a vez de Santiago, no Chile, pela Latam. Com isso, saltamos de dois para sete destinos internacionais”, disse.

Cenário nacional

No caso do Brasil, esse crescimento de 25% na capacidade de assentos de voos internacionais foi o segundo mais elevado entre os países da América Latina, ficando atrás apenas do Chile (27%).

De acordo com a ForwardKeys, esse aumento no terceiro trimestre de 2023 pode ser considerado surpreendente, levando em consideração sua capacidade aérea limitada. Para o chefe de inteligência de mercado da ForwardKeys, Juan A. Gomez Garcia, essa menor oferta de voos e assentos disponíveis torna as viagens para e dentro do País ainda mais desafiadoras para os turistas.

“Isso pode dissuadir potenciais visitantes que podem achar difícil garantir opções de voo convenientes e acessíveis. Com a oferta limitada e a alta demanda por viagens aéreas, as tarifas aéreas também devem aumentar. Os preços mais altos das passagens podem tornar as viagens ao Brasil mais caras para os turistas, desestimulando os viajantes preocupados com o orçamento e levando a um declínio no número geral de turistas”, diz.

A oferta de assentos em voos domésticos também cresceu, nesse caso a variação foi de 13%. Gomez Garcia conta que para mitigar o impacto da capacidade aérea limitada na recuperação do turismo, é preciso um trabalho com as companhias aéreas, além de investimento em estratégias que visam a expansão da conectividade aérea no Brasil.

“Isso pode incluir atrair novas companhias aéreas, negociar com as companhias aéreas existentes para mais voos e melhorar a infraestrutura aeroportuária. Além disso, campanhas de marketing direcionadas e incentivos para companhias aéreas e turistas podem ajudar a promover o Brasil como um destino desejável, apesar de quaisquer desafios iniciais com a capacidade de viagens aéreas”, conclui.

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