Municípios mineradores querem estruturação definitiva da ANM

Após meses de pleiteio por uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os municípios mineradores se preparam para uma reunião em Brasília, na próxima segunda-feira (14), para tratar da situação da Agência Nacional de Mineração (ANM).
O encontro visa discutir uma solução definitiva para a situação de inconstitucionalidade que persiste desde a criação da Agência. A entidade, aliás, teme por falência iminente de suas atividades o que pode prejudicar o setor mineral.
O presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), José Fernando Aparecido de Oliveira, e mais de 20 prefeitos devem participar do encontro. Segundo José Fernando, a situação atual é insustentável e ameaça destruir completamente a atividade mineral brasileira.
Ele ressalta que a ANM precisa ser equiparada às demais agências reguladoras federais, possibilitando sua estruturação, modernização e execução de um planejamento estratégico. O crescimento da arrecadação, a prevenção de acidentes e o combate à sonegação são apenas alguns dos efeitos esperados.
Amig aguarda reposta decisiva do governo federal
Em Assembleia Geral da Amig, realizada no dia 26 de julho, foi decidido que, caso o governo federal não dê uma resposta efetiva para a estruturação da ANM, os municípios mineradores tomarão medidas drásticas. Pretendem criar, consolidar e diversificar um conjunto de normas para registrar, acompanhar e fiscalizar a mineração em seus territórios.
O presidente da Amig, entretanto, enfatiza a urgência e a necessidade de uma Agência Reguladora estruturada e atuante. Ele destaca a importância de garantir a segurança jurídica e a sustentabilidade ambiental da mineração, coibindo a sonegação, autorregulação e informalidade no setor. Outro pleito diz respeito à adequada expansão e exploração da mineração são fundamentais para o desenvolvimento sustentável dessas regiões.
Greve
Nesta semana foi iniciada uma paralisação total dos servidores da ANM. O manifesto já dura três dias e a greve pode gerar problemas para o setor mineral de Minas Gerais e de outras regiões do País, caso se prolongue por longo período. A greve geral dos funcionários visa reivindicar uma reestruturação do órgão regulador. Paralisações parciais vinham sendo realizadas desde maio e, na última semana, uma greve geral eclodiu por parte dos servidores.
Ouça a rádio de Minas