Coluna

Não agrade a todos e fale menos

A vida nada mais é do que aquilo que permitimos. E, ao longo da nossa trajetória, lidamos com os mais variados tipos de pessoas, com repertórios, culturas, opiniões e, até mesmo, desejos muitas vezes variados. É impossível agradar a todos. Isso é fato. Nem mesmo Jesus, quando esteve aqui na Terra, conseguiu. Então, o que dizer de nós, seres humanos falhos?

Muitas pessoas têm uma necessidade básica de serem aceitas e amadas pelos outros. Nessa busca, podem acreditar que, ao agradar a todos, serão mais populares e bem-vindas nos grupos sociais. Por outro lado, algumas pessoas também têm uma aversão natural a conflitos e desejam manter a paz e a harmonia em seus relacionamentos. Logo, elas podem tentar agradar a todos como uma forma de evitar confrontos ou apenas desagradar.

Há também o grupo de pessoas que buscam a aprovação dos outros por medo da rejeição ou do abandono. É importante lembrar que tentar agradar a todos pode ser uma tarefa impossível e até prejudicial. É essencial estabelecer limites saudáveis, expressar suas próprias opiniões e cuidar de si, mesmo que isso signifique desagradar algumas pessoas. O autocuidado e a autenticidade são fundamentais para relacionamentos saudáveis e um bem-estar emocional duradouro.

 Quando você expressa suas opiniões, se permite ser verdadeiro consigo mesmo, favorecendo a construção de uma identidade pessoal sólida e autêntica. Afinal, suas opiniões são uma parte importante do seu eu interior. Ao expressar suas opiniões, você também está se afirmando como indivíduo. Essa atitude mostra que você tem voz, pensamentos e ideias próprias, além de contribuir para fortalecer sua autoestima e autoconfiança.

Ao compartilhar pensamentos e sentimentos, você permite que os outros entendam sua perspectiva e suas necessidades. Isso facilita o diálogo e a resolução de problemas. Mas é importante também agir com empatia. Assim como você gosta de expressar seus pontos de vista, as outras pessoas também apreciam. Por isso, a escuta ativa e a mente aberta favorecem a criação e a manutenção de relacionamentos profícuos e duradouros.

Você já reparou que o mundo atual demanda cada vez mais respostas para absolutamente tudo? Engana-se quem acredita que consiga acompanhar todas as mudanças e tendências. Se você acha que sabe tudo e tem embasamento para opinar sobre todos os temas, no mínimo, está completamente errado. Precisamos das pessoas para construir ideias e chegarmos à tão falada inovação almejada pelas organizações. E como conseguir fazer isso, sem ter escuta ativa?

Tão importante quanto falar é saber escutar. Embora expressar opiniões seja importante, também é verdade que falar menos, em certos momentos, pode ser benéfico. Esse hábito nos permite ouvir, com mais atenção, o que os outros têm a dizer. Isso é essencial para entender diferentes perspectivas, mostrar empatia e construir relacionamentos significativos. Escutar mais do que falar também nos permite expandir horizontes e adquirir novos insights e informações.

Em certas situações, falar menos pode ajudar a evitar conflitos ou discussões acaloradas. Saber quando se abster de expressar uma opinião pode ser uma maneira de manter a paz e a harmonia em determinados contextos. Quando falamos menos, temos tempo para refletir e ponderar sobre um assunto antes de responder. Essa conduta estimula a elaboração de respostas mais bem pensadas e evita arrependimentos por opiniões expressas de maneira impulsiva.

Falar menos cria oportunidades para aprendermos com as experiências e conhecimentos dos outros. Damos espaço para que as pessoas sejam ouvidas e manifestem seus pontos de vista, promovendo um ambiente de inclusão e respeito, onde todas as vozes são valorizadas. É essencial encontrar um equilíbrio saudável entre expressar opiniões e ouvir os outros. Cada contexto e interação requerem uma abordagem diferente. E é fundamental adaptar-se a eles com sabedoria e respeito. Mas e você, fala mais do que ouve ou tem buscado, a cada dia, aprimorar sua habilidade de escuta ativa?
 

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