Economia

Gerdau completa dez anos de operação com aços planos em Ouro Branco

Localizada em Ouro Branco, usina tem produção de bobinas a quente equivalente a pouco mais de três voltas ao redor do planeta Terra
Gerdau completa dez anos de operação com aços planos em Ouro Branco
Usina da Gerdau, localizada em Ouro Branco | Crédito: Washington Alves/Light Press;

A usina da Gerdau em Ouro Branco, na região de Campo das Vertentes, comemora uma década desde o início de sua operação com a produção de aços planos. Durante esse período, a maior unidade da empresa no mundo tem se destacado com a produção de bobinas laminadas a quente, fundamentais para a fabricação de veículos e construções metálicas, por exemplo.

Essa trajetória representa um marco importante para a empresa, impulsionando também o crescimento econômico e a geração de empregos no Estado.

Segundo o diretor industrial da Gerdau Ouro Branco, Rafael Gambôa, o início das operações do laminador de tiras a quente foi o primeiro passo para o ingresso da companhia na área. Desde então, a usina se tornou a única unidade da empresa no mundo a produzi-los.

“Com isso, abrimos novas oportunidades, novos negócios, novos clientes, o que contribuiu significativamente com a diversificação do portfólio de produtos, assim como também com a comunidade, com novas oportunidades de trabalho”, diz.

Em 2016, a siderúrgica entrou no mercado de chapas grossas, um produto que tem diversas aplicações relevantes, como torres eólicas, oleodutos e gasodutos (indústria petrolífera), construção naval, uso estrutural (máquinas, implementos agrícolas, rodoviários, ferroviários), entre outros. E, atualmente, é líder no abastecimento do mercado brasileiro de torres eólicas metálicas com essas chapas.

Resultado produtivo impressiona

Ainda segundo Rafael Gambôa, a produção contínua de bobinas a quente de toda a década na usina, equivale a mais de três voltas ao redor do Planeta Terra se colocadas em linha reta. E para aumentar ainda mais esse potencial, recentemente, a Gerdau anunciou um investimento na expansão da capacidade do laminador de tiras a quente, com previsão de iniciar a operação em 2024. Essa mesma expansão pretende adicionar 250 mil toneladas ao ano de capacidade à Usina Ouro Branco.

Os aços produzidos nessa linha, aliás, vão incorporar inovações tecnológicas que atendem às necessidades de diversos setores, como agronegócio, montadoras de veículos, indústria de óleo e gás e energia renovável.

Transformação

Em maio, o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, concedeu uma entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO. Na oportunidade, Werneck destacou aspectos importantes sobre a usina de Ouro Branco. Segundo ele, quando adquiriram a usina, há muitos anos, ela era focada na produção de semiacabados destinados à exportação. No entanto, a empresa tem passado por uma transformação intensa, direcionando a unidade para a produção de produtos finais voltados ao mercado interno.

Usina Ouro Branco | Crédito: Gerdau / Divulgação

Werneck informou que estão investindo em uma segunda ampliação da produção de bobinas a quente. A aposta visa atender os setores de máquinas e equipamentos, óleo e gás, e construção. O objetivo é modernizar a planta, uma vez que ela está chegando ao final de seu ciclo de existência.

Os investimentos, aliás, têm como meta tornar a usina uma das produtoras de aço mais avançadas do mundo. Essa meta deve ocorrer com a redução das emissões de CO₂ e busca constante por alternativas que tornem a planta sustentável. O CEO também enfatizou que se trata de um pacote de investimento significativo, que teve início no ano passado e se estenderá pelos próximos anos.

“São investimentos que visam transformar a usina em uma das produtoras de aço mais modernas do mundo. Esse patamar reduz a missão de CO₂, buscando cada vez mais alternativas que tornem a planta sustentável. Um pacote de investimento muito significativo que começou ano passado e vai se estender pelos próximos anos”, disse Werneck.

Mais investimentos

E os investimentos não param por aí. Investimentos de aproximadamente R$ 640 milhões (dentro do pacote de R$ 3,2 bi anunciado) será destinado à construção de pátios e uma planta de reconcentração na planta industrial. Estão previstas também a construção de um próprio mineroduto, rejeitoduto e melhorias logísticas na usina.

Mais especificamente, a construção de um mineroduto de 13 km vai conectar a mina Miguel Burnier à Usina de Ouro Branco. A intenção é que a obra permita a redução na emissão de CO₂ e gases de efeito estufa. Isso deve ocorrer ao substituir o transporte de minério por caminhões. Essas iniciativas reforçam o compromisso que a empresa propõe para o desenvolvimento sustentável e econômico da região.

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