Zema entrega título de cidadão honorário a Jair Bolsonaro

Em visita a Belo Horizonte, o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL) recebeu nesta segunda-feira das mãos do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o título de cidadania honorária do Estado. A cerimônia de entrega foi realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a presença de bancada aliada, autoridades mineiras e de muitos populares, sendo necessário o fechamento das portas do Plenário. Com gritos e aplausos de apoio, a solenidade chegou a ser interrompida 26 vezes.

Zema iniciou seu discurso falando que um dos principais desafios que enfrentou ao assumir o Executivo mineiro era retomar a credibilidade institucional e a relevância no cenário nacional. O governador citou a falta de repasses da gestão estadual anterior às prefeituras e o acordo realizado com a Associação Mineira de Municípios (AMM), bem como a aproximação com a União, no governo de Jair Bolsonaro.

“A minha missão era fazer com que Minas voltasse a ter relevância e protagonismo nacional, sendo uma voz escutada pelo governo federal para que os mineiros voltassem a ser tratados como merecem. Minas era deixada de lado e as demandas históricas que dependiam de Brasília se transforam numa eterna promessa. Mudar essa realidade foi uma das principais metas da minha gestão”, disse.

Por sua vez, o governador Romeu Zema falou sobre as realizações de sua gestão, destacando a regularização dos repasses estaduais para os municípios, a construção de unidades básicas de saúde e a privatização do metrô de Belo Horizonte, que, segundo ele, vai permitir a construção da linha 2 até o Barreiro.

Ainda no púlpito, Zema pontuou avanços conquistados no decorrer do primeiro mandato, ressaltando o apoio de Bolsonaro. “Ao longo dos quatro anos do governo Bolsonaro, Minas teve muitos avanços, e a relação com Brasília foi fortalecida. As portas dos ministérios em Brasília estavam sempre abertas. Éramos ouvidos com a atenção de quem quer, de fato, alcançar soluções”, afirmou.

O chefe do Executivo estadual citou a expansão do metrô da Capital e a reforma do Aeroporto de Ipatinga, no Vale do Aço, ambos os projetos também com recursos federais. Assim como os recursos para aumento do número de leitos, equipamentos hospitalares, medicamentos e vacinas recebidos. “Se não fosse o suporte do governo federal, Minas não se destacaria como o Estado com menor número de óbitos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste”, falou.

Bolsonaro disse que se sente mineiro, pois renasceu no Estado

O ex-presidente também citou as dificuldades que sua gestão enfrentou com a pandemia e ainda com a crise hídrica e a guerra da Ucrânia. Bolsonaro também fez uma breve menção à sua trajetória política e a relacionou com a de Zema.

“Em nenhum momento pensei em ser vereador na minha vida. E também a Presidência da República foi algo que eu jamais esperava. Assim como o Zema não tinha aquela marca do político, eu também não tinha a marca do político. Nós sabemos com o Zema pegou o Estado lá atrás e deu uma sacudida, colocou as contas em dia e navega com vocês. O peso é grande. Minas é o berço de bons políticos, e por isso me intitulei como ‘renascido em Juiz de Fora'”, afirmou.

Bolsonaro também destacou que o apoio do governo de Minas e das prefeituras do Estado ao seu mandato foram importantes e reconheceu o elo como agradecimento:

“A política está no sangue do homem e da mulher. Agora não é fácil você ser o chefe do Executivo, seja da menor prefeitura daqui de Minas Gerais ou do governo do Estado. Não é fácil! A única satisfação que tenho é de ter servido ao povo, e creio que fizemos isso ao longo desses quatro anos. Fizemos o que foi possível. De domingo a domingo, raramente eu tinha um momento de folga. Mas, ao longo de quatro anos, deixamos uma marca: passamos a admirar novamente nossa bandeira. Estou feliz com essa comenda. Feliz ao lado desse governador humilde, que é Zema, e feliz ao lado desse povo feliz”, concluiu.