Finanças

Fintech mineira, Qesh, pretende triplicar faturamento em 2023

Fintech gira em torno de R$ 6,2 bilhões por trimestre e a projeção é crescer 280% até o final do ano
Fintech mineira, Qesh, pretende triplicar faturamento em 2023
Maschio destaca atuação da Qesh na área de apostas esportivas | Crédito: Bernardo Coelho / Qesh

A Qesh, fintech mineira, especialista em pagamentos e tecnologia bancária, recebeu autorização do Banco Central para operar como instituição de pagamento (IP). A medida, somada à maior atuação no segmento de apostas on-line será importante para a expansão das atividades e resultados.

Por trimestre, o volume de transações feitas pela Qesh gira em torno de R$ 6,2 bilhões e a projeção é crescer 280% até o final deste ano, ante 2022.

O CEO da Qesh, Cristiano Maschio, explica que a empresa nasceu como uma plataforma para criar bancos digitais, o que durou até a criação do Pix.

“Com a vinda do Pix, o nosso modo de operar mudou. Antes tínhamos um tipo de receita que acabou. Então, nós nos reinventamos e criamos a chamada “coretec”, que é o coração da empresa, o coração do sistema financeiro”.

Por meio de uma plataforma, a fintech entrega para os clientes qualquer tipo de função de qualquer banco do sistema financeiro.

“A grande vantagem para o cliente é que ele pode trocar de banco a qualquer momento, sem mexer na estrutura. Hoje, se uma empresa muda de um banco para outro, se faz qualquer tipo de alteração, ele tem que resetar o sistema inteiro. Com a tecnologia, hoje, entregamos para os clientes uma infraestrutura de um banco digital, que pode ser moldado para qualquer tipo de segmento. Ele é totalmente taylor made”.

Ainda segundo Maschio, a fintech presta serviços para grandes bancos, o que permite que os clientes das instituições financeiras utilizem as tecnologias.

“Nós conseguimos, através dessa tecnologia, dar velocidade às operações. As empresas que vão dominar o mercado, de agora para frente, não são as maiores, mas, são aquelas mais rápidas. Muitas vezes, o processo mais rápido está ligado ao financeiro, que é onde você faz o pagamento, processa, ou seja, tudo no final do dia, independente de qual segmento, passa pela operação financeira”.

Desde a fundação, em 2018, a Qesh construiu mais de 55 bancos digitais, opera 2,5 milhões de contas e R$ 6,2 bilhões em transações trimestrais. No portfólio estão Banco do Brasil, Itaú e Visa.

As expectativas em torno dos resultados são positivas. Um dos pontos que irá contribuir é a autorização do Banco Central para operar como instituição de pagamento (IP).

“A validação do BC para operar é importante porque vamos agilizar processos que são deficitários nos bancos. Um exemplo são os boletos que, ao serem gerados, demandam um dia para poder ser pago e demoram para o banco reconhecer o pagamento. Nosso sistema será ligado direto na Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e com a nossa tecnologia, consigo dar uma resposta muito mais rápida. Eu antecipo a informação”.

Os resultados também serão impulsionados pela maior atuação nas apostas esportivas, onde a empresa atua entregando tecnologias de pagamentos.

“Nós entramos forte na parte de apostas esportivas. É um mercado forte e nós queremos, até o final do ano, triplicar o faturamento da empresa por conta dessa vertical nova. A aposta não é regulada no Brasil, mas o sistema financeiro é, então, é preciso cumprir uma regra”, explicou.

Fintech avança em serviços prestados ao governo

A fintech também está avançando nos serviços prestados ao governo, com o gerenciamento dos cartões de auxílio e benefícios. A tecnologia utilizada pela Qesh garante o destino do dinheiro disponibilizado pelo governo, seja municipal, estadual ou federal.

“Se a pessoa receber um vale-gás, com o nosso cartão, ele vai comprar o gás, não será possível utilizar para outro fim. Nosso cartão é bloqueado no CNPJ da empresa de gás. A garantia de destino do dinheiro, é importante para o órgão público que fará as doações porque não terá problemas improbidade administrativa”.

A empresa, que atua em todo o País, pretende ampliar as operações para a América Latina, o que deve acontecer no primeiro semestre de 2024. Até lá, a empresa também pretende fazer rodadas de captação de recursos.

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