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3ª edição da Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte conta 70 filmes

A 3ª Semana de Cinema Negro é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e tem o patrocínio da Una
3ª edição da Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte conta 70 filmes
Crédito: Larissa Barbosa

No próximo sábado (9), inicia-se a 3ª edição da Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte, e vai até o dia 17 de setembro, com 70 filmes nacionais e internacionais sendo exibidos nos cinemas Cine Humberto Mauro, Palácio das Artes e Cine Santa Tereza.

A curadoria fez questão de incluir desde obras que contam desde a história do cinema africano até filmes brasileiros realizados neste ano. A semana também irá contar com homenagens, estreias, debates, oficinas e imersões formativas.

O evento teve início em 2021 e se posiciona através da apresentação de históricos e contemporâneos do audiovisual africano, como também dá destaque para o cinema brasileiro contemporâneo e também na preservação da memória de pessoas importantes para o cinema nacional.

A idealizadora do evento, Layla Braz, diz que o festival é construído, desde 2021, como um espaço que captura o registro de pessoas negras. Para ela, o evento com suas inúmeras possibilidades de existência dos corpos, é um espaço de construção de memória que ultrapassa as salas de cinema. “Eu sempre cito a frase de Girish Shambu: ‘o mundo é maior e vastamente mais importante do que o cinema’. A gente se utiliza do cinema para alcançar as pessoas e ajudá-las a visualizar diversas formas de existir”, ressalta. A programação completa do evento estará disponível em breve nas páginas do Instagram e neste link.

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Sobre a Semana de Cinema Negro em Belo Horizonte 

A SCNBH é um espaço de formação tanto profissional para as pessoas que constroem o festival, quanto para o nosso público que acessa aos filmes que raramente são exibidos no Brasil. O festival apresenta e discute as semelhanças que pessoas negras do mundo todo compartilham. Ainda há muito a ser descoberto do cinema africano, diaspórico e brasileiro, portanto, a SCNBH se propõe a contribuir nessa descoberta.

O festival promove um encontro de Minas Gerais, um dos maiores polos do cinema realizado por pessoas negras, com filmes do continente africano, da diáspora e de pessoas negras brasileiras. Na primeira edição, a SCNBH evidenciou festivais que existem e resistem como por exemplo a mostra principal Cinemas Africanos em revista: as origens do Fespaco que homenageou os 50 anos do Festival Pan-africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, que acontece em Burkina Faso.

Depois de sua primeira edição on-line, em 2021, a 2ª SCNBH, pela primeira vez, aconteceu em formato presencial. Com mais de 50 filmes nacionais e internacionais, a edição realizada em setembro de 2022 celebrou a retomada dos encontros. Foram destaque da edição filmes do Sudão, Mauritânia, Etiópia e Somália, além de filmes de diversas regiões do Brasil. A mostra de filmes sudaneses apontou para a semelhança da dificuldade em produzir filmes no Brasil. A edição foi uma oportunidade do encontro dos cinemas africano e brasileiro, sobretudo, um encontro com Minas Gerais.

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