Vendas de combustíveis registram alta em Minas Gerais

As vendas feitas pelas distribuidoras de combustíveis e derivados de petróleo, em Minas Gerais, aumentaram 5,1% de janeiro a julho. Com o incremento, o volume chegou a 9,2 milhões de metros cúbicos. O resultado se deve aos avanços no consumo de gasolina, que subiu expressivos 25,9%, assim como a demanda pelo diesel, que cresceu 3,9%.
Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), considerando apenas o mês, as vendas de todos os combustíveis, em Minas, também ficaram maiores. O volume saiu de 1,38 milhão de metros cúbicos em junho para 1,41 milhão de metros cúbicos no sétimo mês, o que equivale a um aumento de 2,4%.
O consumo total de combustíveis também foi maior quando comparado com julho de 2022, já que no período a comercialização chegou a 1,36 milhão de metros cúbicos e, dessa forma, a alta ficou em 3,8%.
Principais combustíveis
Dentre os combustíveis, a demanda pela gasolina disparou no Estado. No acumulado dos sete primeiros meses, foram consumidos 2,8 milhões de metros cúbicos, resultando, assim, em um aumento expressivo de 25,9% se comparado com igual intervalo de 2022.
Considerando apenas o mês, foram 414,2 mil metros cúbicos de gasolina vendidos. Isso significa, 8,76% a mais se comparado com julho de 2022, já que o consumo havia sido de 380,8 mil metros cúbicos. Frente a junho, a variação foi positiva em 1,78%.
Assim como na gasolina, de janeiro a julho, o consumo de óleo diesel aumentou 3,9%, resultando, assim, em 4,5 milhões de metros cúbicos vendidos. O combustível é o mais consumido no Estado,
Em julho, as vendas de diesel subiram para 715,5 mil metros cúbicos, contra 682,1 mil metros cúbicos no mesmo mês do ano passado. O volume resultou em um aumento de 4,89%. Se comparado com junho, o incremento foi de 3,7%.
Queda nas vendas do etanol
Ao contrário da gasolina e do diesel, as vendas de etanol hidratado ainda registraram queda nos primeiros sete meses do ano.
Conforme os dados da ANP, o consumo do biocombustível somou 892,3 mil metros cúbicos no acumulado do ano, resultando em uma diminuição de 26,3% se comparado com igual intervalo de 2022.
Na comparação com julho de 2022, ainda há uma queda de 13,8% no etanol, uma vez que o consumo em igual mês de 2023 foi de 134,9 mil metros cúbicos. Já frente a junho, quando as vendas do hidratado foram de 132,9 mil metros cúbicos, houve uma alta de 1,5%.
A movimentação positiva no mês se deve aos reajustes da gasolina, decorrente da retomada de impostos e de ajustes da Petrobras. Dessa forma, em julho, o etanol retomou a competitividade.
Conforme a ANP, em julho, o preço médio do etanol chegou a R$ 3,68 por litro, voltando a ser mais vantajoso que a gasolina. Na média dos postos pesquisados no Estado, a paridade do etanol ficou em 69% do preço médio da gasolina. O litro da gasolina estava sendo comercializada a R$ 5,33.
Produção de combustíveis na Regap
Frente a uma demanda geral maior por combustíveis em Minas Gerais, a produção na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na RMBH, também cresceu.
Entre janeiro e julho, foram fabricados 5,4 milhões de metros cúbicos de combustíveis variados, resultando, então, em um volume 6% superior ao registrado em igual intervalo de 2022.
No período, a produção de gasolina A, antes da adição do etanol, cresceu 14,6% e chegou a 1,4 milhões de metros cúbicos. No caso do óleo diesel foram 2,4 milhões de metros cúbicos produzidos, variação positiva de 3,1% frente ao mesmo intervalo de 2022.
Ouça a rádio de Minas