Minas Gerais lidera pagamentos de dívidas negativadas no Sudeste

Mais da metade dos mineiros (65,3%) quitou suas dívidas em até 60 dias após a negativação, ocorrida em maio. Com esse resultado, Minas Gerais apresenta o melhor desempenho da região Sudeste e o quinto entre todos os estados do Brasil.

De acordo com dados do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, Minas superou a média nacional em 3,8 pontos percentuais (p.p.).

Isso porque o País registrou 61,5% de contas regularizadas por consumidores inadimplentes em até 60 dias após o mês de referência. Dessa forma foi possível observar um aumento de 11,4% nos pagamentos em comparação com o mesmo período de 2022.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os programas de renegociação servirão como uma oportunidade para os brasileiros endividados, viabilizando a quitação de débitos e auxiliando na recuperação da saúde financeira.

“Mas é fundamental que, após essa reestruturação, os consumidores se tornem mais conscientes na hora de adquirir novos compromissos financeiros e priorizem a educação financeira”, defende.

No recorte por regiões do País, o destaque ficou para o Sul, que liderou com o maior percentual de dívidas negativadas recuperadas, com 66,1% da população pagando suas contas que estavam em atraso. Na sequência aparecem as regiões Nordeste (64,1%), Sudeste (60,3%), Centro-Oeste (59,8%) e Norte (53,9%).

Já entre as unidades federativas (UFs), o Rio Grande do Sul apresentou o melhor desempenho, atingindo 71,2%. O Ceará aparece em segundo, com 67,4%; e, logo em seguida, vem o Acre e Sergipe, com 67,1% e 66,4%, respectivamente.

Dívidas com bancos e cartões são as mais pagas

A análise setorial da Serasa Experian revelou que encargos adquiridos em Bancos e Cartões (68,8%) foram os mais liquidados e, em seguida, aparece o grupo de Utilities (64,3%). Ambos foram priorizados por estarem relacionados a serviços indispensáveis, como acesso ao crédito, água, luz e gás.

O levantamento ainda revelou que as dívidas contraídas em maio com valor acima de R$ 10 mil foram as mais contempladas pelos consumidores inadimplentes em até 60 dias após a negativação. O economista explica que essa ação é motivada pela tendência que as pessoas apresentam de cumprir compromissos mais caros de forma mais correta possível, para evitar uma possível perda de patrimônio.

O caminho para combater a evolução da inadimplência segue sendo a educação financeira. Quanto mais cedo o brasileiro tem contato com conhecimentos sobre finanças pessoais, planejamento e controle do seu próprio dinheiro, mais distante ele pode ficar das dívidas.