Variedades

Maria Cutia apresenta espetáculos de rua

Vários espaços públicos belorizontinos irão receber os espetáculos da companhia mineira, que está completando 17 anos
Maria Cutia apresenta espetáculos de rua
Crédito: Tati Motta

A companhia mineira Maria Cutia, que já foi da Amazônia à África, passando ao todo por seis países e 22 estados brasileiros, celebra 17 anos com a apresentação de nove espetáculos de repertório nas ruas e palcos de Belo Horizonte. Espaços públicos da Capital recebem os trabalhos “Como a Gente Gosta” (Praça Santa Tereza), “Aquarela” (Centro Cultural Venda Nova), “Na Roda” (Parque Ecológico Roberto Burle Marx) e “Auto da Compadecida” (Praça Sete). Já em novembro o Teatro Raul Belém Machado é palco das peças “Ópera de Sabão”, “Mundos”, “Engenho de Dentro”, “Francisco” e “ParaChicos”, com ingressos à venda a R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia) na bilheteria e pela plataforma Sympla.

“Viver de teatro e no teatro, no Brasil, é sempre uma árdua e inspiradora estrada. Quanta história! Nunca poderia imaginar que o teatro nos escreveria uma história assim”, afirma a atriz e uma das fundadoras do Grupo Maria Cutia, Mariana Arruda.

A abertura da mostra será realizada amanhã com apresentação do espetáculo “Como a Gente Gosta”, a partir das 20h, na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza. Mariana comenta: “Tem muitos anos que não fazemos o Como a Gente Gosta em BH e ele é um grande marco na nossa história. Foi nosso primeiro trabalho com um diretor convidado, o Eduardo Moreira (Grupo Galpão), e traz ainda o texto de Shakespeare que fala tanto sobre esse paralelo entre teatro e vida – um dos maiores princípios do Maria Cutia”.

Além da estreia do espetáculo, 2011 é lembrado pela trupe como um marco em sua trajetória. Foi nessa época que o Maria Cutia realizou sua turnê pela África e pelo Vale do Jequitinhonha. Mariana Arruda conta que, neste ano, o grupo, também formado pelos atores Leonardo Rocha, Hugo da Silva e a produtora Luisa Monteiro, teve sua primeira sede no bairro Horto, região Leste da Capital. “Alugamos uma salinha e fundamos a Toca da Cutia. Receber o Eduardo Moreira em nossa casa para criar o espetáculo foi um tempo e espaço que fez o Maria Cutia ver e pensar o teatro em outro patamar de produção e de poética”, lembra Mariana. Desde então, o Maria Cutia mudou-se para uma sede mais ampla, no bairro Sagrada Família, onde desenvolve e produz seus trabalhos artísticos, com agenda de cursos permanentes, e criou ainda mais sete espetáculos que podem ser vistos agora na programação da mostra de 17 anos. 

Para os festejos de 2023, o tema é a arte do encontro. “Arte que só acontece com a presença do público”, ressalta a atriz. Depois da abertura, em Santa Tereza, com Shakespeare, no próximo sábado (23) será apresentado “Aquarela”, a partir das 16h, no Centro Cultural Venda Nova. O espetáculo propõe um show cênico para crianças. Com orientação artística de Eugênio Tadeu, o trabalho brinca com a linguagem performativa das artes plásticas e a cada apresentação o cenário e figurinos são literalmente pintados pelos atores em cena, colorindo uma grande aquarela ao vivo para o público. 

No domingo (24), às 10h, no Parque Ecológico, Roberto Burle Marx, será a vez do “Na Roda”, espetáculo brincante com repertório de canções colhidas no Vale do Jequitinhonha e no Norte de Minas. Às 16h, o grupo se encontrará com o público na Praça Sete com sua versão de “Auto da Compadecida”, que integra a programação do Festival Cine + 10.

Dirigida e concebida por Gabriel Villela, a versão mineira e tropicalista do texto de Ariano Suassuna traz, para a cena, cenários e figurinos inspirados no barroco, além de trilha cantada ao vivo pelos atores, com clássicos de Caetano Veloso, Roberto Carlos e outros grandes nomes da música brasileira.

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