Opinião

Giro pela manchete

Giro pela manchete
Foto: Adriano Machado/Reuters

“Estão abertas as portas do inferno para a humanidade.” (António Guterres, Secretário-Geral da ONU)

1) O tom foi, talvez, alarmista por demais. Mas o autor da declaração, o português António Guterres, Secretario-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) deve saber, por certo, o que está falando. Sua declaração de que “estão abertas as portas do inferno para a humanidade” impactou fortemente a opinião pública universal.

E do que mesmo está ele falando? Está reiterando apelos dramáticos, feitos há décadas por cientistas qualificados no sentido de que as lideranças mundiais se capacitem, com urgência urgentíssima, da necessidade de enfrentar com destemor e senso de responsabilidade as ameaças tonitruantes do aquecimento global, do efeito estufa, adelgaçamento da camada de ozônio que recobre esse nosso maltratado planeta azul. O mundo, explicam os entendidos, anda roçando perigosamente a 24° hora do curso de acontecimentos que tendem a desembocar em cataclismos fatais. Quem tem olhos pra ver e ouvidos pra escutar percebe, sensata e lucidamente, que as mudanças climáticas que invadem abusivamente o cotidiano das pessoas, de todas as partes do mundo, configuram sinais precursores de infernais incidentes humanitários. Relembremos o que ocorreu num curtíssimo espaço de tempo, dias recentes, em matéria de desastres provocados pelo aquecimento global. Terremoto em escala máxima no Marrocos, inundações apavorantes na Líbia, enchentes no sul do Brasil. Em meio a todas essas catástrofes, temperaturas extremas em tudo quanto é canto, secas prolongadas em algumas regiões, aguaceiros e desabamentos em outras. Pela primeira vez, ao que se sabe, o inverno brasileiro vem registrando temperaturas superiores a 40 graus. Se hecatombes estão à vista, o que existe para ser feito é uma conjugação poderosa de vontades por parte das lideranças com o apoio resoluto da sociedade humana, em torno das salvaguardas eficazes apontadas pela ciência, visando aplicação inflexível nas políticas pública de todas as nações, de modo a conter a impetuosidade avassaladora dos elementos naturais agredidos pelo desvario e ambição do ser humano.

2) Pressionado pelo discutível apoio parlamentar do centrão, chefiado por Arthur Lira, o presidente Lula pisou na bola, na troca de ministros na pasta dos Esportes. Afastou especialista consagrada do ramo, Ana Mozer, campeã olímpica, para colocar no lugar um deputado até anteontem ardoroso bolsonarista. Já na saída da bola o novo ministro (fufucou errado) marcando gol contra. Demonstrando não conhecer patavina da vida esportiva, afirmou que na gestão iniciada vai tirar o Brasil da incômoda posição de 0 (zero) em matéria esportiva.

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