SME avança com governança eficiente

Há quase três anos à frente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), a presidente Virgínia Campos, está trabalhando a governança da entidade. O plano de ações, que tem embasamento técnico e base nos conceitos de gestão de continuidade, está promovendo melhorias graduais e sustentáveis, que permitiram solucionar dificuldades que a SME enfrentava.
“Quando assumimos a SME, tivemos clareza dos problemas internos da entidade. Havia muito descrédito após escolhas erradas e compromissos geridos. A grande escolha correta que fizemos foi a opção por sanear a SME”.
Ainda segundo Virgínia, ao longo dos últimos anos, o trabalho foi focado na profissionalização em relação à governança.
“Optamos por trabalhar a governança da SME. Uma das primeiras ações nossas foi estabelecer um plano de ação com base nos conceitos de gestão de continuidade, que são conceitos técnicos da administração. Isso foi necessário porque, claramente, percebemos que a SME não tinha estrutura para mudanças drásticas. Então, concentramos os esforços em melhorias graduais, mas sustentáveis. Desta forma, teríamos a possibilidade de transitar em meio às dificuldades que a SME se encontrava lá no início da nossa gestão”, explicou Virgínia.
Imunidade tributária
A decisão pela gestão de continuidade, segundo a representante da SME, foi acertada e já foram observados resultados positivos. Uma das conquistas da gestão foi a imunidade tributária.
“A conquista da imunidade tributária da SME é uma base muito grande de equacionar as nossas despesas. Ela nos coloca, principalmente, dentro das possibilidades de isenção dos tributos, sobretudo, o IPTU. Nosso prédio é muito bem localizado, grande, que, obviamente, tem um IPTU de valor elevado”.
Virgínia explica que a conquista da imunidade tributária foi fundamental para colocar a SME com uma condição de governança e de compliance compatível com a grandeza da entidade. Há também uma frente de trabalho junto à Prefeitura, que busca solução para o passivo gerado com a falta de pagamento do IPTU até 2020.
“Com a isenção, desde 2021 não pagamos mais o IPTU. Então, nós conseguimos estancar essa cobrança, que, da nossa gestão para frente, não existirá mais. Mas, nós ainda estamos em discussão de execução fiscal sobre os tributos atrasados. Nós estamos bem avançados e nós acreditamos que, mantendo esse diálogo com a prefeitura, nós encontraremos uma solução de bom tom”.
O pleito, junto à PBH, é que a imunidade tributária seja retroativa e que abranja os anos anteriores, quando o IPTU não foi pago.
“É claro essa questão leva tempo. Por isso, a gente fala da gestão de continuidade. Ela traz resultados de médio e longo prazos. A gente não consegue uma gestão de continuidade com ações imediatistas”.
Para Virgínia, a consolidação das conquistas e avanços ainda necessários poderão ser alcançados com a continuidade dos trabalhos iniciados há quase três anos.
“Queremos permanecer à frente da SME. Com a reeleição, que é prevista no nosso estatuto, nós queremos dar continuidade e atenção à medidas pari passu, buscando de uma forma paulatina, novas soluções. Porque, a cada movimento da gestão continuada, você repensa todo o planejamento. As prioridades e necessidades tomam outros contexto. A intenção da gente continuar, por mais uma gestão, é por senso de responsabilidade e de continuidade”.
Auditoria externa
Virgínia explica que a conquista da imunidade tributária foi um avanço importante e que a ação precisa ser continuada. Todos os anos, a entidade terá que apresentar para a PBH uma documentação comprovando as responsabilidades da SME enquanto entidade sem fins lucrativos e de finalidade educativa.
Outro avanço, foi a aprovação, por assembleia geral extraordinária, da obrigatoriedade da realização de auditorias externas.
“Isso vai permitir que a gente tenha uma visão externa nos colocando sempre no caminho da governança e do compliance. Trabalhamos de forma estruturante, conseguimos a imunidade tributária e conseguimos, ainda, uma garantia de que ela seja preservada e protegida por meio de uma auditoria externa anual nos nossos balanços”.
Outras ações
Pensando no futuro, a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) passou a contar com o Conselho Consultivo para o Progresso da Engenharia. O fórum, de caráter permanente, irá contribuir com a gestão da entidade, sendo base para o posicionamento estratégico da SME em defesa da Engenharia e do desenvolvimento do País.
Também foi criado o Centro de Referência para as Engenharias de Baixo Carbono. Um comitê gestor – composto pela SME, empresas e instituições convidadas – cuidará do planejamento da estratégia e das atividades do centro.
“A engenharia precisa ter esse olhar de futuro. A gente tem que discutir as tendências, falar das necessidades, das prioridades. Então, nós entendemos que a SME e os parceiros precisam discutir e trazer essa visão de futuro para uma engenharia estratégica baseada, obviamente, nas ações de projetos de baixo carbono”, explicou a presidente da SME, Virgínia Campos.
Também foram firmadas alianças para tornar a SME um polo de educação e cultura. Foram assinados convênios com a Academia da Mineração e com a Orquestra Vortz.
“Ainda há muito o que fazer. Nossa entidade, quase centenária, precisa avançar com planejamento, compromisso ético e senso coletivo”.
Eleições
Em 17 de outubro, a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) fará as eleições para escolha da diretoria que irá comandar a entidade no triênio 2024-2026. Duas chapas concorrem.
A chapa SME Forte – Engenharia Forte é liderada pela atual presidente, engenheira civil Virgínia Campos.
Na Chapa SME Novos Tempos, o engenheiro eletricista Krisdany Cavalcante é o candidato à presidência.
“Sempre participei de entidades associativas, tendo sido diretor da SME, ABEE-MG, Sobrac, Senge e conselheiro e coordenador de Câmara no Crea-MG. Atualmente, exerço a função de Conselheiro da ABNT e presidente da Sociedade Brasileira de Acústica. Mas, de todas as entidades onde atuei, a SME é, sem dúvidas, aquela pela qual guardo maior carinho.
O objetivo de Cavalcante, caso seja eleito, é solucionar os problemas enfrentados pela SME e colocar a entidade em uma posição de destaque.
“Resolvi, junto com um grupo de associados igualmente dedicados e apaixonados pela SME, colocar meu nome e minha experiência a serviço da retomada da condição de maior entidade da Engenharia, Agronomia e Arquitetura de Minas. Formamos uma chapa com total capacidade e garra para solucionar os graves problemas e enfrentar os desafios que hoje se impõem à SME, recolocando-a em lugar de destaque em Minas Gerais e no Brasil”, explicou Cavalcante.
Poderão votar os sócios-fundadores e remidos, os sócios efetivos e os sócios institucionais que estiverem em dia com suas obrigações perante a SME, e que tenham se associado regularmente à entidade até o dia 10 de outubro, uma semana antes da votação.
A votação será no dia 17 de outubro, das 7h30 às 20 horas, na sede da SME, na rua Timbiras, 1.514, bairro de Lourdes em Belo Horizonte.
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