Agronegócio

Hortigranjeiros ficam mais baratos na Ceasa Minas

Na Ceasa Minas, o preço médio dos hortigranjeiros, R$ 3,67 o quilo, caiu 1,6% na comparação com agosto. Batata e cenoura puxaram a queda
Hortigranjeiros ficam mais baratos na Ceasa Minas
Cenoura, muito consumida nesta época e que está no período da safra, foi exemplo de maior oferta e queda de preço na Ceasa | Crédito: Alessandro Carvalho

O clima favorável para a produção de importantes hortigranjeiros e a redução dos custos dos ovos fizeram com que, em setembro, os preços caíssem na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas). Na unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o preço médio geral ficou em R$ 4,15 por quilo, gerando, assim, uma queda de 1,56% frente a agosto e de 3,5% na comparação com setembro de 2022.

Em setembro, a oferta geral foi de 153.499 toneladas, uma redução de 8,7% no mês, mas 8,6% maior frente a setembro de 2022.

O comportamento dos hortigranjeiros na Ceasa Minas foi favorável para os consumidores. No nono mês do ano, a oferta foi de 120.481 toneladas, significando, assim, redução de 6,2% frente agosto e uma alta de 6,5% em relação a setembro de 2022. Mesmo com a menor oferta, o preço médio dos hortigranjeiros, R$ 3,67 o quilo, caiu 1,6% na comparação com agosto.

No grupo, as hortaliças, que compõem os hortigranjeiros na Ceasa, a oferta foi reduzida em 10,3%, resultando, então, em um volume de 62.318 toneladas. Frente a setembro de 2022, a alta foi de 3%. 

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Conforme o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, mesmo com a oferta menor, o preço médio do grupo de hortaliças caiu 2,96% frente a agosto. 

“Em setembro, as condições climáticas foram favoráveis para a produção de hortigranjeiros que são muito consumidos e também entraram em período de safra, como a batata e a cenoura, por exemplo. Estes itens tiveram uma maior oferta e queda nos preços, o que ajudou a reduzir o preço geral na Ceasa”, explicou.

O grupo das hortaliças, que ficou quase 3% mais barato em setembro, a queda foi puxada por itens como a berinjela, que apresentou redução de 30% nos preços, seguida pelo o chuchu (24,2%), beterraba (19,9%), batata (11,2%) e a cenoura (8,6%). “Esses produtos têm peso maior e influenciaram nos resultados”. 

Apesar da queda, algumas hortaliças ficaram mais caras em setembro. Exemplo disso é a couve-flor, cujo preço aumentou 30,1%, seguida pelo tomate (29,7%), milho verde (20,4%), pepino (5,7%) e abobrinha italiana (4,7%).

Conforme Martins, no caso do tomate, por exemplo, as temperaturas mais altas fizeram o consumo do produto aumentar, puxando o preço para cima.

“A oferta do tomate, de certa forma, se manteve estável,  mas, em compensação, o produto é muito mais consumido em dias quentes. Então, isso fez com que os preços subissem frente a uma demanda maior”, disse.

Hortigranjeiros: frutas na Ceasa

Entre as frutas, que também fazem parte do grupo de hortigranjeiros, foi verificada queda de 0,5% no preço em setembro, com o quilo negociado, em média, a R$ 4,24. A oferta, 52.964 toneladas, ficou 0,8% menor quando comparada a agosto e cresceu 11,4% no confronto com setembro de 2022.

Entre os produtos que ficaram mais baratos destaques para o mamão-formosa (21,3%), o mamão-havaí (11,6%), a banana-prata (13,1%), a banana-nanica (8%) e a manga (4%). 

O calor fez com que o consumo de algumas frutas crescesse, gerando, então, aumento nos preços. Este foi o caso da laranja-pera (10,7%), do morango (8,4%), da tangerina-ponkan (8,4%), do melão (6,5%) e do abacaxi (6,1%).

“Os principais produtos que tiveram os preços aumentados se destacam por serem mais consumidos em dias com a temperatura mais alta, como a laranja, tangerina, que está em final de safra, e o abacaxi, por exemplo”.

Outro destaque no período foram os ovos. O preço médio do produto caiu 10,8% frente a agosto. Conforme  o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, isso se deve à redução dos custos de produção e também à queda do consumo, em função dos dias mais quentes.

Em setembro, foram ofertadas 5.199 toneladas do produto, queda de 6,6% em relação a agosto e alta de 3% frente a setembro.

“O preço médio ficou em R$ 5,30 a dúzia, uma queda de 10,8% no mês. Esse movimento aconteceu, principalmente, pela redução dos custos de produção, gerado pela queda dos preços de menores do milho e da soja. Além disso, em épocas de temperatura mais alta, o consumo cai.  

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