MPEs: busca por crédito no Sudeste avançou 42,7% em agosto

A busca por recursos financeiros por parte das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) na região Sudeste do País cresceu 42,7% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número, entretanto, é bem superior à média nacional apurada em 10,1%, conforme o estudo “Demanda das Empresas por Crédito”, divulgado pelo Serasa Experian. O número representa o pico de 2023 até o momento, após registrar meses de reações tímidas e quedas acentuadas.
De acordo com o estudo, as MPEs foram as que apresentaram o maior crescimento desde maio de 2022, com 10,2%, ultrapassando as grandes empresas, que registraram 9,8%. A título de comparação, o Sul do País registrou alta de 47,1%, o Nordeste de 52,9%, o Norte de 49,5% e o Centro-Oeste de 48,1%.
“A queda de juros e da inflação ilustraram o primeiro semestre do ano e possibilitaram que os consumidores pudessem também sanar suas dívidas negativadas e gerar uma estabilidade na inadimplência. Esses pagamentos indubitavelmente são destinados a empresas que ganham mais caixa e fôlego para liquidarem seus próprios débitos”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Durante os primeiros seis meses de 2023, a maioria das dívidas quitadas tinha até 30 dias de vencimento (57,1%), seguidas pelas dívidas com até 60 dias (42,9%). Em seguida, foram observadas as dívidas com 90 dias (30,2%), 180 dias (23,4%) e 1 ano (20,8%). As dívidas com mais de um ano de atraso foram as menos quitadas (9,2%).
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Taxa média de pagamentos
Em termos de valor dos débitos, a taxa média de pagamento mais alta no primeiro semestre foi para contas negativadas de até R$ 500, o que equivale a 49,9%. No entanto, a menor taxa foi para débitos com valores entre R$ 2 mil e R$ 10 mil, uma estimativa de 41,7%.
No que diz respeito aos setores, o segmento de varejo apresentou a maior média de pagamentos de dívidas atrasadas entre janeiro e junho deste ano, ou seja, um total de 53%. Enquanto isso, o setor de telefonia registrou a menor taxa, o que equivale a 12,9%.
Ranking entre os estados
Das unidades federativas, o estado do Piauí obteve a maior taxa média de recuperação de crédito no primeiro semestre de 2023, alcançando 67%. Com o Piauí, os estados da Paraíba (58,5%), Maranhão (57,5%), Acre (57,5%) e Mato Grosso (54,8%), compõem o top 5 do ranking.
Já Minas Gerais ocupa a 11ª posição, com a taxa de 50,8%, de acordo com o Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian. Em 27º lugar, está o Distrito Federal, com 39,1%.
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