Economia

Copel está fora do leilão de transmissão

A Copel está buscando elevar a contratação de energia de suas usinas de geração, especialmente em produtos de prazo mais curto
Copel está fora do leilão de transmissão
Certame de transmissão de energia elétrica está marcado para o próximo mês de dezembro | Crédito: REUTERS/Paulo Santos

São Paulo – A companhia elétrica Copel não participará do leilão de transmissão de energia marcado para dezembro deste ano, uma vez que está focado em renovar as concessões de suas usinas hidrelétricas, disse um executivo da companhia.

Em apresentação aberta a analistas de mercado, o superintendente de Relações com Investidores da Copel , Luiz Henrique De Mello, afirmou que ainda não há uma data certa para a assinatura dos novos contratos de concessão das hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias, um processo viabilizado após a privatização da energia elétrica paranaense em agosto deste ano. “Essa assinatura está sendo conversada com o Ministério sobre quando deverá ocorrer, assim que ela ocorrer vamos comunicar o mercado e em 20 dias realizaremos o pagamento (do bônus de outorga de 3,7 bilhões de reais)”, explicou Mello.

A renovação das hidrelétricas não é foco dos esforços da Copel no momento, uma vez que as usinas representam parte relevante de seu parque gerador – 60% da capacidade instalada total da companhia – serão uma importante via de geração de valor.

Diante disso, no momento a companhia tende a se manter fora do leilão de transmissão marcado para dezembro, que será o maior da história em volume de investimentos, e de negociações para aquisição de novos ativos de geração, afirmou o superintendente de RI.

“Os leilões (de transmissão) de curto prazo provavelmente a companhia não participam pelo mesmo motivo da geração, a gente precisa renovar as concessões. Mas no prazo médio, a companhia tende a participar dos leilões e continuar crescendo nesse ramo (da transmissão)”, disse o executivo.

Paralelamente, a Copel também está buscando elevar a contratação de energia de suas usinas de geração, especialmente em produtos de prazo mais curto, considerando a conjuntura de preços baixos da energia no Brasil.

“Precisamos ter um pouco de paciência para contratar (energia), principalmente quando conversamos a partir de 2025, 2026, 2027, para entendermos melhor o comportamento e a tendência de preços. O que fizemos, estamos tentando contratar de prazo mais curto nesse momento, exatamente para não fixar um preço baixo por muito mais tempo”, avaliou o superintendente.

Mello afirmou ainda que o balanço de energia da Copel para 2024 já está praticamente todo contratado, mas que os volumes disponíveis para venda começarão a aumentar significativamente em 2025.

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