Conflito no Oriente Médio eleva preços do petróleo

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse ontem que o preço do petróleo já está afetado com a guerra no Oriente Médio e pode piorar com alastramento do conflito na região.
Ele diz não haver indícios de que países produtores se envolvam diretamente na disputa entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que se arrasta desde o último dia 7, mas países árabes têm se alinhado em defesa dos palestinos.
“Das conversas que a gente tem tido, não há intenção de se meter ali nesse momento e tentar procurar solução pacifica, de contorno da situação toda, de replica daquele ataque terrorista, mas ainda sem alastrar para o resto do Oriente Médio”, disse. “Já está afetado, piorar mais é a tempestade perfeita”, completou.
Nesta quarta (18), o petróleo Brent, contrato de referência global, chegou a ficar perto de US$ 93 (cerca de R$ 471) por barril, enquanto o risco de escalada do conflito ameaçava interromper o fornecimento de petróleo na região, após o Irã pedir a imposição de um embargo petrolífero a Israel.
Os mercados levaram em conta os riscos da escalada do conflito entre Israel e Hamas depois que centenas de palestinos foram mortos em uma explosão em um hospital da cidade de Gaza, na terça-feira.
Autoridades israelenses e palestinas culparam umas às outras pela explosão.
A declaração de Prates foi dada após reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al-Ghais, no Palácio do Planalto.
(Marianna Holanda)
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