Economia

Minaspetro aponta falta de clareza em reajuste anunciado pela Petrobras

Sindicato destaca que tanto os preços da gasolina quanto do diesel possuem as mesmas variáveis
Minaspetro aponta falta de clareza em reajuste anunciado pela Petrobras
Foto: Minaspetro / Google Maps / Reprodução

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) aponta falta de clareza na composição de preço dos combustíveis definidos pela Petrobras. Mas também destaca o fato da estatal ter anunciado o reajuste com mais de 24 horas de antecedência visando minimizar parte do problema de previsibilidade e evitar incertezas para o mercado e para o consumidor.

As mudanças, anunciadas na quinta-feira (19), começarão a valer a partir de amanhã (21). O preço médio da gasolina A vendida para as distribuidoras vai ser de R$ 2,81 por litro, uma redução de R$ 0,12. Já o valor do diesel A terá um acréscimo de R$ 0,25 por litro, passando a ser vendido a R$ 4,05 para as distribuidoras.

“É interessante observar que os dois combustíveis levam em conta, basicamente, as mesmas variáveis – preço do dólar e petróleo –, entretanto, o anúncio da empresa oficializou a elevação do diesel e a queda da gasolina”, ressalta o Minaspetro em nota.

A entidade relata que desde que a Petrobras alterou os critérios de precificação, a falta de previsibilidade do custo do produto tem sido o maior desafio dos empresários revendedores. Ela ainda lembra que a importação de gasolina e também do diesel representam uma parte relevante do mercado nacional. “E, sobretudo o diesel, vem sendo fortemente impactado no preço nas últimas semanas”, completa.

O Minaspetro acredita que em um cenário com preços do petróleo instáveis por questões internacionais, como o atual, o etanol segue se destacando como uma atrativa para o consumidor, mesmo com essa redução da gasolina. Isso poderia estar ligado à estabilidade do preço nas usinas produtoras. “Em Minas Gerais, o biocombustível já demonstra uma queda de cerca de 12% no preço final em 2023, conforme demonstra pesquisa semanal da ANP”, destaca.

O sindicato também aponta que a expertise do Brasil e de Minas na produção de etanol será fundamental para o futuro e para o atual momento de transição da matriz energética. “Inclusive, com a sinalização do governo do Estado que irá valorizar e investir nessa opção de combustível renovável”, conclui.

(Com informações da Agência Brasil)

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