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Jornada do paciente melhora com agendamento on-line

Nuria atua com soluções que conectam de ponta a ponta o ecossistema da saúde
Jornada do paciente melhora com agendamento on-line
Segundo Fernando Soares, a Nuria surgiu de uma dor pessoal | Crédito: Divulgação/Nuria

Fundada há 11 anos, a Nuria, healthtech sediada em Belo Horizonte, atua com integrações personalizadas e soluções completas que conectam de ponta a ponta o ecossistema da saúde por meio de troca de informações entre os sistemas, centralização de informações nos atendimentos aos pacientes e maior segurança nas integrações, visando o fluxo de dados. Especialista em transformação e integração digital do setor da saúde, ela vai do agendamento on-line ao pós-atendimento para tornar a jornada do paciente mais simples e cômoda.

De acordo com o CEO da Nuria, Fernando Soares, a empresa surgiu de uma dor pessoal: a dor de cabeça que era marcar ou cancelar qualquer consulta, exame ou procedimento médico.

“Comecei o projeto em Belo Horizonte e não existia nenhum software de agendamento em saúde. Criamos a CM Tecnologia, que significava ‘clique e marque’. Era um modelo B2B, para digitalizar o agendamento daquele agente de saúde de forma integrada aos sistemas dele. Até 2017, investimos em módulos para criar a jornada digital do paciente, coisa que era muito pouco falada no Brasil. Nossos primeiros clientes foram a Axial e o MaterDei. Conseguimos, então, sonhar com o Brasil todo. Vimos que estávamos no caminho certo. A jornada do paciente estava ancorada em quatro pontos básicos: agendamento on-line, confirmação via mensagem ou e-mail, portal do paciente e elegibilidade do paciente”, relembra Soares.

A empresa impactou 9,7 milhões de pacientes no último ano por meio de mais de mil unidades conectadas, levando a um total de mais de 113,4 milhões de dados transacionados.

Recentemente, a CM Tecnologia passou por um rebranding se tornando Nuria, que significa “luz entre as montanhas”. O objetivo é demonstrar de forma mais precisa o impacto que seus produtos têm no mercado de saúde. Em 2023, cresceu 62% em relação ao ano anterior e este número continua aumentando.

“Em 2018, fomos ao mercado captar um investidor para fazer aporte em outra unidade de negócios que nascia, a integração de dados. Passamos a falar de interoperabilidade. Ela é ainda maior do que a própria jornada”.

A chegada da pandemia, em 2020, mudou o cenário radicalmente. Nos primeiros meses, quando a recomendação para quem não estava com Covid-19 era não ir aos hospitais, os agendamentos foram praticamente paralisados, levando a uma queda de 502% no faturamento da empresa.

Logo depois, porém, a retomada foi surpreendente. As unidades de saúde precisavam digitalizar o atendimento e entregar mais para o paciente. A popularização da telemedicina exigia a conexão de dados. Tudo isso sob a égide da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em setembro de 2020.

“A partir de 2021 começamos a crescer exponencialmente. Agora em 2023, não somos mais uma startup, estamos consolidados, atendemos mais de 1.000 unidades. Mas somos uma heathtech com espírito de startup. Percebemos que somos uma plataforma de engajamento e não só marcação. Mudamos a proposta da própria empresa e fizemos o rebranding. Nossa missão é distribuir essa plataforma, gerando fidelidade e engajamento ao mesmo tempo que geramos segurança e conhecimento sobre os dados para o paciente.

O setor ainda precisa mudar o mindset e se abrir para ter um “open healttech” assim como existe o open banking. Isso pode fazer com que o custo diminua, fazendo com que mais gente tenha acesso à saúde no Brasil”, defende o CEO da Nuria.

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