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BH Airport recebe título de “Aeroporto Verde” pela terceira vez

Concessionária investiu R$ 36 milhões na implantação de um projeto que garante fornecimento de energia renovável às aeronaves em solo
BH Airport recebe título de “Aeroporto Verde” pela terceira vez
A conquista foi concedida pelo Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) durante a conferência anual da entidade a nível latino-americano e caribenho |Crédito: BH Airport/Adobe Stock/Divulgação

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport) foi reconhecido com o título de Green Airport, que em sua tradução significa Aeroporto Verde. A conquista foi concedida pelo Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) durante a conferência anual da entidade nas regiões da América Latina e Caribe, realizado nesta semana em Miami, na Flórida (EUA).  

O reconhecimento ocorreu após um projeto de descarbonização ser implantado no terminal aéreo de Belo Horizonte. Chamado de 400HZ e PCA elétrico, o projeto é uma iniciativa que consiste em acoplar, nas pontes de embarque, equipamentos para o fornecimento de energia elétrica. De fonte renovável, os equipamentos garantem ar condicionado às aeronaves durante os serviços de solo.

Até o ano passado, eram utilizadas querosene de aviação e os geradores a diesel no BH Airport. Hoje, as companhias Azul, Latam e Gol já contam com a solução sustentável. Somente para a criação do projeto ambiental foram necessários investimentos na ordem de R$ 36 milhões.

Para as operadoras, a novidade está disponível em 20 posições estratégicas ao longo de todo o pátio do modal. Anualmente, aproximadamente 203 mil litros de óleo diesel não serão mais utilizados. Contudo, estima-se uma redução de 450 toneladas de gás carbônico emitidas na atmosfera.  

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“As práticas ambientais são uma realidade no aeroporto, assim como a sustentabilidade é um importante pilar estratégico. Receber esse reconhecimento, pela terceira vez consecutiva, mostra como o meio ambiente é valorizado pela companhia”, disse o diretor-presidente do BH Airport, Daniel Miranda.

Saiba mais sobre o projeto do BH Airport reconhecido em Miami

Crédito: BH Airport/Divulgação

Antes do início do projeto, o processo funcionava da seguinte maneira: a aeronave pousava no pátio do aeroporto e, em seguida, tratores movidos a querosene e diesel traziam os equipamentos necessários para manter a aeronave e seu ar-condicionado ligados.

A companhia aérea também tinha a opção de utilizar o Auxiliary Power Unit (APU) ou Unidade Auxiliar de Energia, que é um terceiro motor geralmente localizado na cauda do avião. Ele funciona como uma pequena turbina durante o embarque de passageiros, além de fornecer energia durante o voo. No entanto, o APU consome o mesmo querosene dos tanques das aeronaves, contribuindo para a emissão de gás carbônico. Por essa razão, manter o APU ligado não é a melhor alternativa para as companhias aéreas.

“A eletrificação desses processos trouxe eficiência financeira, redução de ruído e, principalmente, das emissões de gases de efeito estufa, o que torna as nossas operações mais sustentáveis. A proposta do projeto foi substituir a utilização de combustíveis fósseis pelas companhias aéreas durante operações em solo”, disse o gestor de Produtos e Serviços Aeroportuários e do Terminal de Cargas do BH Airport, Geovane Medina, durante o evento em Miami.

Ele ainda explicou que o projeto 400 HZ e PCA elétrico contribui para que as companhias aéreas não utilizem o APU e os equipamentos movidos a derivados de petróleo. “A ideia, contudo, é contribuir para a preservação do meio ambiente e proporcionar um ganho de eficiência para as empresas aéreas. Para se ter uma ideia, Azul, Latam e Gol têm uma redução de cerca de 30% dos custos que envolvem essa operação, com a utilização dos novos equipamentos”, completou Medina.

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