FLI BH faz oficinas para públicos diversos

Até a próxima sexta-feira (10), o Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI BH), que é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em parceria com o Instituto Periférico, promove oficinas gratuitas em centros culturais municipais e na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil. Elas acontecem nas nove regionais da cidade, descentralizando o acesso à cultura, e são direcionadas a públicos diversos: jovens, adultos e crianças. A programação conta com oficinas ministradas por ilustradores, roteiristas, quadrinistas, educadores e muralistas.
No próximo sábado (11) será realizado o Circuito FLI BH de Livrarias, que reúne diversos espaços de literatura para a valorização e a circulação de livros e de ideias. Escritores, ilustradores, editores, livreiros e leitores fazem do cotidiano das livrarias uma constante celebração da literatura, da leitura, da escrita e da edição. O festival convida a Scriptum, Quixote, Jenipapo, Outlet de Livro, Livraria do Café, Livraria da Rua, Livraria do Belas e Livraria Livres a abrirem suas portas para uma programação com rodas de conversa, contação de histórias, performances e lançamentos de livros.
O tradicional Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, que reúne escritores, poetas, ilustradores, narradores de histórias, grupos de teatro, músicos, produtores, editores e pesquisadores será realizado entre os dias 16 e 20 de novembro, com uma intensa programação gratuita composta por lançamentos de livros, rodas de conversa, oficinas e atrações diversas, além do Salão do Livro Infantil e Juvenil de Minas Gerais. Esta etapa será realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A programação completa estará disponível em breve no site portalbelohorizonte.com.br/fli.
Homenagem
Honrando sua essência desde a primeira edição, o festival consolida-se como encontro de vozes diversas e ideias transformadoras e traz como homenageada Lélia Gonzalez, uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX. Escritora, política, professora, filósofa e antropóloga, foi pioneira nos estudos sobre cultura negra no Brasil e co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, do Movimento Negro Unificado e do Olodum.
“Vozes e ideias para vidas justas” é o lema da 5ª edição do FLI BH, abrangendo o universo simbólico da produção de Lélia Gonzalez, com ênfase nas lutas e pesquisas da autora, especialmente direcionadas a grupos minoritários no cenário nacional e latino-americano. Trata-se também de um convite do Festival para a transformação, a igualdade e a empatia, refletindo de maneira consistente e poética a proposição curatorial desta edição.
Em consonância com o pensamento da homenageada, a artista Carol Fernandes criou ilustrações que expressam anseios centrais do nosso tempo: a reivindicação de vidas justas, que buscam a convivência pacífica entre grupos sociais, a celebração da infância e a proteção da biodiversidade e do meio ambiente.
“Nós, da família de Lélia Gonzalez ficamos sempre muito orgulhosos e honrados com essas justas homenagens a essa grande figura que teorizou nossa luta e deu voz aos que precisam, no Brasil e em outros lugares. Lélia Gonzalez viveu e lutou pela igualdade e acreditava que ela era real e possível! Estamos todos muito felizes por mais esse reconhecimento”, comenta Melina de Lima, neta da autora.
Ouça a rádio de Minas