Filarmônica recebe Steven Banks

Um dos jovens solistas de maior evidência no cenário musical norte-americano, Steven Banks, faz sua estreia no Brasil com a Filarmônica de Minas Gerais executando duas importantes obras para saxofone, hoje e amanhã, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Com o melódico “Albireo Mode”, do japonês Takashi Yoshimatsu, e a célebre “Fantasia”, de Villa-Lobos, o saxofonista apresenta diferentes possibilidades do instrumento. O regente convidado Roberto Tibiriçá finaliza o concerto com a vigorosa “Quarta Sinfonia”, de Tchaikovsky. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.
Uma das vozes emergentes no cenário da música norte-americana, Steven Banks foi o primeiro saxofonista a conquistar o prêmio principal da Young Concert Artists, em 2019. Formado pela Universidade de Indiana, possui especialização em estudos de jazz pela mesma instituição e é mestre em Música pela Northwestern University. Como solista, esteve em diversos festivais nos Estados Unidos, além de acumular performances com as orquestras de Cleveland e do Colorado. Reconhecido por ser um artista empenhado em repensar e expandir os limites da música clássica, Banks defende mais diversidade e inclusão como forma de superar o preconceito institucionalizado contra mulheres e pessoas não brancas no meio artístico. Em 2022, foi agraciado com o Avery Fisher Career Grant, iniciativa vinculada ao Lincoln Center for the Performing Arts que busca assistir artistas com grande potencial para carreira solo.
Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire, Gilberto Tinetti e Peter Feuchwanger. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho. Já atuou como regente assistente no Teatro Nacional de São Carlos, em Portugal, e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira. Também foi diretor artístico e regente titular da Petrobras Sinfônica, Sinfônica de Campinas e da Filarmônica de São Bernardo do Campo. Atuou como diretor artístico da Sinfônica Heliópolis/Instituto Baccarelli e regente titular da Sinfônica de Minas Gerais e da Orquesta Sinfónica del Sodre, no Uruguai. Na Petrobras Sinfônica, teve iniciativas elogiadas para divulgação e estímulo à música brasileira, como concertos com repertório de compositores nacionais contemporâneos e concursos para jovens solistas, regentes e compositores. Há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, na Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.
Considerado um dos mais importantes compositores japoneses vivos, Takashi Yoshimatsu destaca-se pelo seu apreço à estética do neorromantismo, que ele combina de maneira singular com influências da música tradicional de seu país, do jazz e do rock progressivo. Em 1994, Yoshimatsu escreveu seu primeiro concerto para saxofone, intitulado “Cyber-bird”, e o dedicou ao conterrâneo Nobuya Sugawa.
Anos mais tarde, Sugawa o procurou novamente para que considerasse a ideia de um novo concerto, desta vez para sax soprano. Yoshimatsu embarcou, então, na composição de uma peça que fizesse contraponto ao movimentado “Cyber-bird”, ressaltando uma faceta mais calma do instrumento. Assim nasceu “Albireo Mode”, cujo nome é inspirado em uma estrela binária da constelação de Cygnus (Cisne).
Segundo Yoshimatsu, seu objetivo era acentuar dois pares de características opostas e complementares do saxofone soprano. Por isso, cada estrela representa um movimento do concerto: o primeiro, “Topaz”, remete ao brilho amarelado da primeira estrela, simbolizando a tranquilidade e a beleza; o segundo, “Sapphire”, remete ao brilho azul-esverdeado da segunda, simbolizando o calor e a profundidade.
Ouça a rádio de Minas