Varejo registra queda de 4,1% na receita de vendas em outubro

A receita de vendas no varejo brasileiro caiu 4,1% em outubro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2022. De acordo com dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), essa é a quarta queda consecutiva do indicador. Em termos nominais, que espelham a receita observada pelos varejistas, a queda foi de 1,2%.
O mês foi marcado por reduções nos macrossetores de Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços. Nesse caso, o destaque foram os Serviços, que baixaram 7,1% frente a outubro do ano passado. O segmento foi afetado, principalmente, pelos resultados de Bares e Restaurantes. Já o setor de Bens Não Duráveis e Semiduráveis apresentou retração de 3,2% puxada pelo segmento de Vestuário e Artigos Esportivos.
O desempenho de outubro pode ser explicado pelos efeitos de calendário, uma vez que o mês teve um sábado a menos que o mesmo mês de 2022, dia tradicionalmente forte para o varejo.
O vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, Carlos Alves, aponta outro fator que poderia explicar esse resultado negativo da receita de vendas no varejo, uma base mais forte. “É possível que o estímulo ao consumo proporcionado pelos empréstimos federais concedidos a pessoas físicas em outubro do ano passado tenha colaborado para uma base de comparação mais elevada”, sugere.
Ao ponderar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o IPCA-15, prévia do índice, pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em outubro foi de 3,1%.
O levantamento da Cielo também revelou que, considerando o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões brasileiras apresentaram queda no mês frente a outubro do ano anterior. O recuo mais acentuado foi observado no Norte do Brasil, com retração de 3,8%. Em seguida aparece o Nordeste (-3,6%), Centro-Oeste (-3,2%), Sul (-3%) e Sudeste (-2,8%).
Já pelo índice nominal, que não considera o desconto da inflação, e com ajuste de calendário, duas regiões tiveram variações positivas, são elas: Sul (+0,3%), Centro-Oeste (+0,1%). Outras duas fecharam o mês no negativo: Nordeste e Norte, com -0,5% e -0,3%, respectivamente. Enquanto a região Sudeste do País não apresentou alterações no comparativo.
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