Veja como a tecnologia pode impulsionar o agronegócio em 2024

O agronegócio viveu em 2023 o aumento do preço de insumos, problemas climáticos, e o prolongamento das instabilidades provocadas pela Guerra na Ucrânia. Tantos são os desafios que não deixam o produtor do campo ir em busca de soluções de tecnologia que viabilizem, de certa forma, outras necessidades a frente dos negócios.
Para o gerente sênior de Transformação Digital na Delaware Brasil, Márcio Games, não é novidade que cada vez mais o segmento de agronegócio esteja aplicando o uso de recursos tecnológicos. “Além de pop e tudo, o agro também é tecnologia”, diz.
Segundo ele, à medida que o ano de 2024 se aproxima, produtores do País ficam mais atentos às novas tecnologias para aprimorar a gestão das operações no agronegócio. “É importante enfatizar que a aplicação da tecnologia no agronegócio não contribui apenas para ganhos de produtividade e eficiência”, frisa.
Ele afirma que essa necessidade ajuda, de uma maneira mais macro, a consolidar o crescimento nacional do setor. “Até porque, de acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio representa aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Contudo, mesmo vendo toda essa evolução que o agro conquistou, ainda assim, o setor possui carências nos aspectos de gestão -, sendo essa uma demanda, principalmente, de negócios que possuem origem familiar”, avalia o especialista.
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Para aqueles que já estão pensando no planejamento estratégico de 2024, o especialista enumera cinco tendências desafiadoras para os trabalhadores rurais.
- Internet das Coisas (IoT)
Refere-se à interconexão de dispositivos e máquinas no ambiente agrícola, permitindo a coleta e o compartilhamento de dados em tempo real. Isso possibilita o monitoramento e controle mais eficientes de diversos aspectos da produção, como irrigação, temperatura, umidade e controle de pragas.
“Mesmo essa não sendo uma tecnologia tão nova, a IoT continuará tendo um papel fundamental na produção agrícola. Afinal, sua utilização é crucial para coletar informações da lavoura, bem como automatizar atividades processuais, garantindo que os dados adquiridos alimentem toda a base para apoiar na tomada de decisão”. - Sensores
São dispositivos eletrônicos que captam e medem diferentes parâmetros, como umidade do solo, temperatura, luminosidade e níveis de nutrientes. Com o uso de sensores, os agricultores podem obter informações precisas sobre as condições do solo e das plantas, permitindo uma melhor tomada de decisões no manejo agrícola.
“O sensoriamento no agronegócio se mantém como um elemento imprescindível no campo, uma vez que realiza análises do solo e vegetação e, com isso, se mostra uma ferramenta excelente no apoio ao combate e controle de pragas. Dessa forma, é essencial que o setor continue investindo nessa prática, visando utilizar as informações registradas para um melhor conhecimento do plantio”. - Inteligência Artificial (IA)
No contexto agronegócio, a tecnologia proposta pela inteligência artificial pode ser aplicada em várias áreas, como previsão de safras, detecção de doenças nas plantas, otimização de recursos e análise de dados.
“A IA continuará sendo um recurso imprescindível nas atividades do campo. Complementando a IoT, a Inteligência Artificial é uma peça fundamental para a extração de informações no campo, além de favorecer uma análise mais assertiva dos registros a fim de traçar a melhor estratégia de produção”. - Drones
A utilização de drones se mantém eficaz para um melhor monitoramento do campo e também permitem a acompanhamento geoespaciais de alta precisão, auxiliando no gerenciamento e na tomada de decisões geológicas com os inúmeros contratempos climáticos.
“O recurso auxilia no controle de umidade, pulverização, quantidade de insumos depositados, entre outros aspectos, uma vez que sua capacidade de registrar imagens favorece para uma maior assertividade e controle”. - Big Data
Refere-se ao gerenciamento e análise de grandes volumes de dados. No agronegócio, o big data pode ser utilizado para o processamento de informações provenientes de diferentes fontes, como sensores, drones e sistemas de monitoramento, permitindo a identificação de padrões e tendências, auxiliando na tomada de decisões estratégicas.
“De nada adianta coletar uma gama de dados, sem que sejam organizados e estruturados. O Big Data é crucial para transformar os dados em informações inteligentes”.
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