Preço do aluguel residencial sobe 0,86% em BH

O preço médio do aluguel residencial em Belo Horizonte avançou acima da inflação nos índices do mês de outubro, no acumulado do ano de 2023, e dos últimos 12 meses. De acordo com os dados do Índice FipeZAP, o aumento foi de 0,86% em relação a setembro, atingindo o valor de R$ 35,67/m².
O resultado na capital mineira foi o sexto maior entre as capitais pesquisadas, atrás apenas de Goiânia (2,60%), Fortaleza (1,59%), Recife (1,59%), Porto Alegre (1,07%) e Curitiba (0,9%). O preço médio do aluguel residencial em Belo Horizonte é o quinto maior entre as capitais da pesquisa, atrás de São Paulo (R$ 50,92), Florianópolis (R$ 49,92), Recife (R$ 47,06), Rio de Janeiro (R$ 44,34) e Brasília (R$ 40,31).
Ainda segundo o levantamento, no acumulado do ano, o aumento do preço médio do aluguel residencial em BH foi de 13,63%. Na variação em 12 meses, de 15,55%. A alta de preços ficou acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que evidencia elevação real nos preços.
O momento atual do mercado de trabalho é um dos motivos para a alta no valor de locação de imóveis, avalia o economista do DataZAP Pedro Tenório. “O desempenho surpreendente do mercado de trabalho, com taxas de desemprego relativamente baixas, abaixo de dois dígitos pela primeira vez desde 2015, e aumentos de salário. Esses são os principais fatores para que o locador consiga repassar aumentos do aluguel aos locatários”, explica.
Bairros
Os dados do Índice FipeZAP também mostram que o bairro Lourdes foi o que apresentou o preço médio do aluguel residencial mais elevado (R$ 49,6/m²). Posteriormente vêm Savassi (R$ 48,5/m²), Belvedere (R$ 48,3), Funcionários (R$ 46/m²) e Santo Agostinho (R$ 45,9).
Lourdes, inclusive, foi o que registrou o maior aumento no valor do aluguel nos últimos 12 meses, de 24,9%. Esse forte crescimento proporcionou que a região liderasse a evolução do preço entre os bairros. Gutierrez (24,3%), Santo Agostinho (20,2%), Serra (18,8%) e Santo Antônio (17,8%) vêm em seguida com crescimentos expressivos.
Normalização e tendência
Pedro Tenório explica que a recomposição dos preços de locação residencial após a pandemia ainda está em curso, mas em menor nível. Isso deve-se por conta dos imóveis que voltaram para o mercado após encerramento dos contratos de aluguel – em média duram dois anos.
Os preços do aluguel não devem registrar forte crescimento em 2024, segundo o economista. “Tanto o mercado de trabalho não deve melhorar na mesma magnitude deste ano, assim como o período da pandemia e de maiores taxas de inflação vão ficando para trás. Lembrando que não se trata de redução de preços de locação, mas sim de crescimento destes preços em menor ritmo”, explica.
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