Editorial

Na hora de pensar grande

Na hora de pensar grande
Foto: Alessandro Carvalho Arquivo Diário do Comércio

A Prefeitura de Belo Horizonte reafirma o compromisso de abrir, ainda no corrente mês, processo licitatório para obras de melhorias no Anel Rodoviário, com início previsto para o final do primeiro trimestre do próximo ano. Recursos federais para começar a atacar um dos maiores gargalos da mobilidade na região metropolitana virão, como também anunciado, da nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Se dessa vez tudo prosseguir conforme o proposto e planejado, serão atacados, numa primeira etapa e com previsão de conclusão em menos de um ano, os gargalos representados pelos viadutos e interseções no Anel, onde as pistas são afuniladas, aumentando as retenções, além da insegurança.

Depois de tanta espera e, pior, da ocorrência de acidentes graves sempre com grandes prejuízos humanos e materiais, uma novela que parecia ser mais uma daquelas que não tem fim, parece encontrar melhor destino. É fundamental, no entanto, não perder de vista que estamos ainda apenas no ponto de partida e muito distante de quando a duplicação do Anel era apresentada apenas como uma questão de tempo. Com o argumento, preciso, de que a via projetada como apenas uma interseção rodoviária se transformará numa avenida urbana, com tráfego em volume e condições incompatíveis com seu traçado.

Tudo esquecido e, pior, equivocadamente sepultado com a ideia de que a grande resposta, ou melhor, solução, viria com a projetada construção do Rodoanel, para o qual não faltam recursos, mas parece faltar vontade política.

É bom que fique dito e seja sabido, uma coisa não tem nada a ver com a outra. São obras complementares, evidentemente, porém independentes e com propostas diferenciadas, cumprindo funções específicas para melhorar o maior entroncamento rodoviário do País e ao mesmo tempo promover real integração da região metropolitana. Resumindo, e sem que faltem palmas para o que de positivo possa ser feito, cabe ainda dizer que as intervenções agora reclamadas sejam classificadas como emergenciais, paliativos que não podem ser dados como definitivos, na compreensão, conforme bem assinalou o prefeito Fuad Noman, de que o Anel Rodoviário representa na atualidade um dos maiores problemas de Belo Horizonte, razão porque coloca sua recuperação entre as prioridades da atual gestão.

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Eis o que deve ser feito, eis o que espera a população da Capital e certamente todos os moradores da região metropolitana.

Tudo agora, espera-se, pensando grande, com agilidade proporcional ao tempo perdido e adequada sintonia com relação à gravidade do problema.

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