Projeções para a safra de soja devem ser reavaliadas

São Paulo – A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) informou ontem que “reavaliará os efeitos climáticos sobre a produção de soja” do Brasil nas estimativas que serão divulgadas em dezembro.
As lavouras brasileiras vêm sofrendo na atual temporada com chuvas escassas no centro-norte do País, enquanto no Sul as precipitações estão excessivas.
Essas adversidades climáticas têm tornado o trabalho de plantio mais lento, e alguns especialistas já apontam perda de potencial produtivo.
A afirmação da Abiove foi feita após a divulgação de números nesta terça-feira que apontam uma estabilidade na previsão de safra em relação à estimativa divulgada em outubro, apesar dos problemas climáticos.
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A safra de soja do Brasil de 2024 foi estimada pela Abiove ainda em recorde de 164,7 milhões de toneladas, contra 157,7 milhões de toneladas da colheita de 2023.
Em comunicado divulgado ontem, a Abiove ainda manteve as projeções de exportação de soja do Brasil em 100 milhões de toneladas, estável na comparação com a previsão de outubro e em relação à projeção para 2023.
A Abiove disse que, em dezembro, também serão revistas as projeções de esmagamento e exportações conforme as regulamentações sobre o biodiesel e as condições de mercado.
Exportações
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu ligeiramente a previsão de exportação de soja neste mês para cerca de 5 milhões de toneladas, aproximadamente 100 mil toneladas abaixo da estimativa da semana passada.
Já a exportação de farelo de soja do Brasil deve alcançar 2,2 milhões de toneladas em novembro, contra 2,4 milhões estimados na semana anterior.
A associação reduziu também as estimativas para a exportação de milho do Brasil em novembro. Os embarques do grão devem somar 7,96 milhões de toneladas, versus 8,323 milhões de toneladas na previsão da semana anterior.
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