Golpe de estado americano

O século 20 foi cheio de mistérios que, passados cem ou oitenta anos de fatos inesquecíveis, os grandes segredos de diferentes conspirações continuam. Os exemplos são numerosos: Adolfo Hitler fugiu em submarino pra Argentina e lá ele viveu alguns anos, como alguns acreditam? Por que não pegaram o criminoso de guerra Mengale, vivendo como pessoa simples no Paraguai e Brasil durante décadas? O que o Papa Pio XII fez de fato pelos judeus durante a segunda grande guerra? Por que Hitler não invadiu a Inglaterra quando podia e ela estava desprotegida? Quem embranqueceu Michael Jackson? Quem matou John Kennedy e quantos bandidos atiraram nele?
Qualquer pessoa que era adolescente ou adulto em 22 de novembro de 1963 sabe exatamente onde estava e o que fazia quando ouviu a notícia do assassinato do presidente americano, típico golpe de estado em país que se orgulha de sua democracia. Grandes mistérios no momento do ataque, eles foram crescendo nas últimas décadas a começar pela prisão de Lee Oswald, apontado depressa demais como seu assassino. Ele próprio não passava de um “laranja”, como ele mesmo disse, antes de ser baleado no dia seguinte à tragédia por Jack Ruby, um gangster de Dallas, fechando o acobertamento de uma conspiração que se mantém oculta até hoje. Ruby alegou que era admirador de Kennedy e que não suportou ver o suposto assassino na sua frente sem atirar nele. Mas naquela delegacia ninguém explicou como um conhecido gangster da cidade entrou armado nela e o que ele fazia lá. Na clássica foto do instante no qual Lee Oswald leva os tiros, há perplexidade dos policiais que o acompanhava, e nenhuma reação para evitar o acontecimento. Aí começa a biografia de Lee, o bode expiatório, com divulgação imediata de fatos de sua vida que encaixavam como luvas em seu curriculum como um potencial assassino do presidente. Um pobre coitado que se misturou com a biografia do presidente.
Além de Lee Oswald, vários outros nomes foram levantados como parte da conspiração e que até hoje são citados como responsáveis em reportagens. Eles vão da CIA ao vice-presidente na ocasião. Lyndon Johnson assumiu o governo do país em menos de duas horas após a constatação da morte de seu colega. Ao lado dele, tomando posse do cargo, estava Jacqueline Kennedy com a mesma roupa manchada de sangue do marido morto.
A comissão Warren, criada por integrantes do congresso americano e o juiz da suprema corte concluíram que Lee Oswald agiu sozinho, como se matar um presidente fosse coisa de amador.
Uma das cenas mais comoventes durante o sepultamento de Kennedy foi ver o pequeno John John com três anos de idade fazendo continência para o pai morto quando o caixão passou em sua frente. Ele cresceu, virou símbolo sexual e tentou desvendar o mistério que matou seu pai. Quem não faria o mesmo no seu lugar? Mas o jovem símbolo mexeu com gente poderosa demais, rica demais, maiores, mais ricas e mais poderosas que a sua família. Ele criou uma revista chamada George, primeira pista a indicar o suposto chefe da conspiração. Nada adiantou. Filho desobediente continuou pilotando o avião que a mãe detestava. Morreu em acidente aéreo junto com sua jovem esposa e a trama continuará misteriosa para os próximos cem ou duzentos anos.
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