Brasileiros valorizam marcas atuantes

Um em cada quatro brasileiros conhece o conceito e as práticas de ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança das empresas) e mais de quatro, em cada cinco, valorizam empresas e marcas ligadas à agenda. Os números são da mais atual pesquisa encomendada pelo Google à MindMiners, empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital.

Segundo o levantamento, 27% dos entrevistados no País já ouviram falar da sigla ESG, índice que representa um crescimento de seis pontos percentuais em relação à mesma apuração feita em 2022, quando 21% dos entrevistados diziam estar familiarizados com o tema.

Entre os brasileiros ouvidos, 83% consideram importante e valorizam a atuação das marcas para minimizar impactos negativos no meio ambiente e construir um mundo mais justo e responsável. O índice de pessoas que pensam assim é alto mesmo entre quem desconhece a sigla, uma vez que 80% de quem não sabe o que é ESG concorda que as empresas deveriam agir em causas ligadas ao tema.

Essa é a segunda vez que a Google encomenda um levantamento sobre ESG neste ano. A pesquisa ouviu 3.400 brasileiros de todas as classes sociais e regiões do Brasil entre 5 e 11 de junho de 2023 e foi apresentada pela primeira vez durante o evento Sustentabilidade com o Google – Cidades.

“Assim como mapeado no ano anterior, o conhecimento da sigla está diretamente relacionado à importância atribuída ao tema. Os princípios do ESG são extremamente relevantes para a construção de uma boa percepção de marca das empresas entre os consumidores”, afirma o diretor de negócios dos segmentos de bens de consumo, moda e beleza, governo e tecnologia do Google Brasil, Marco Bebiano.

Associação das marcas com ESG aumentou

A pesquisa avalia ainda o quanto os brasileiros relacionam as empresas e marcas aos quesitos de meio ambiente, social e governança. Para isso, cada entrevistado associou diferentes atributos ligados à pauta, de acordo com critérios do Sistema B, a empresas e marcas que atuam no País. O índice é calculado a partir de uma média do percentual de brasileiros que associaram cada um dos atributos relacionados ao ESG às marcas avaliadas.

Nesse sentido, a associação das marcas com o ESG também cresceu no último ano no Brasil. Em 2023, o Índice ESG de empresas e marcas que atuam no Brasil foi 15%, representando 2 p.p. acima do ano anterior (13%). Entre os atributos, o maior aumento foi em meio ambiente, cujo índice passou de 11,7%, em 2022, para 13,1%, em 2023. No mesmo período, a pesquisa mostrou que a governança (15,5%) cresceu 0,8 p.p. e o social (16%), 0,6 p.p.

O segmento de beleza segue com a maior nota no Índice ESG (23,2%), seguido por Finanças (19,7%), Varejo (18,8%), Bebidas (18,4%), Cuidados Pessoais (18,1%), Alimentação (18,1%), Moda (17,4%), Informação (16,7%), Produtos de limpeza (16,5%) e Eletrodomésticos/ Itens para casa (16,3%).

Programa Impact!

Além da percepção dos consumidores, a pesquisa contribui com a nova etapa do programa Impact!, lançado pelo Google no ano passado, e que reúne dados e recomendações para ajudar empresas e marcas a evoluir em suas jornadas de maturidade ESG. A plataforma foi criada a partir de uma metodologia proprietária e exclusiva com o Sistema B e a MindMiners, e se baseia em pesquisas sobre a percepção dos brasileiros em relação aos valores ESG de empresas e marcas que atuam no Brasil.

Para apoiar as empresas, a Impact! inclui um plano de ação composto por capacitação para desenvolvimento de estratégias, projetos especiais de geração de impacto positivo para a sociedade e uso de produtos e plataformas do Google para fortalecimento das marcas.

A especialista de negócios do Google Brasil e líder do programa Impact!, Lívia Sitta, explica que ao longo do último ano, o projeto explorou o mundo ESG corporativo no Brasil e identificou muitas empresas com programas estruturados e com governança corporativa, mas sem investimentos adequados para construção de marca.

“O que observamos agora é que estamos vivendo um ponto de inflexão, porque a oferta de produtos e serviços voltados para o ESG ainda é desigual e inacessível para grande parte da população. As empresas e marcas ainda precisam se aproximar mais do consumidor, utilizando formatos de comunicação empáticos, claros e transparentes”, comenta.

A previsão do Impact! para este ano é entregar diversos insights relacionados a quinze territórios ESG: de regeneração ambiental à moda circular, da importância das comunidades e saberes ancestrais ao manifesto da inclusão. ”Exploramos insights de comportamento humano e buscas realizadas no Google para orientar as marcas sobre esses territórios”, completa Lívia Sitta.