Conheça seis impactos do turnover na gestão das empresas

A rotatividade de funcionários, também conhecida como turnover, tem se mostrado uma questão relevante que pode apontar para problemas na gestão das empresas e merece atenção não apenas do setor de Recursos Humanos. A frequência na mudança de colaboradores pode trazer impactos para diversas áreas das organizações, desde a gestão até o financeiro. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que o Brasil registra o maior índice de rotatividade de funcionários do mundo, com um aumento de 56% nessa taxa no levantamento mais recente, superando países como Reino Unido (43%), França (51%) e Bélgica (45%).
Para a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado, os custos substanciais do turnover vão além do simples processo de demissão e contratação, afetando também a eficiência, a cultura organizacional e a capacidade da empresa de manter relacionamentos sólidos com clientes e fornecedores. “Portanto, investir em estratégias para reduzir a rotatividade de funcionários é uma decisão financeiramente sensata e benéfica para o sucesso a longo prazo da empresa”, afirma.
Confira seis processos das empresas impactados pelo turnover
- Recrutamento e seleção
O processo de contratação envolve custos significativos, desde a divulgação de vagas até as entrevistas e avaliações de candidatos. Quando os funcionários deixam a empresa com frequência, esses custos se acumulam rapidamente. A empresa precisa investir tempo e recursos na busca de novos talentos, gastando em publicidade de vagas, agências de recrutamento e nos processos de seleção. - Treinamento e integração
Cada novo funcionário precisa ser treinado e integrado à cultura da empresa, o que requer tempo e dinheiro, pois outros funcionários ou departamentos precisam dedicar esforços para garantir que o novo contratado se adapte e seja produtivo. Quando a rotatividade é alta, esses investimentos em treinamento podem ser desperdiçados repetidamente. - Produtividade reduzida
Os funcionários que acabaram de ser contratados geralmente não atingem seu pico de produtividade imediatamente. Eles precisam de tempo para se adaptar aos processos e às equipes, o que pode resultar em uma diminuição temporária da produtividade. Assim, o turnover pode afetar a qualidade do trabalho e a eficiência operacional, já que acúmulo de funções leva à exaustão e perda de produtividade. - Impacto na moral e cultura
A alta rotatividade também pode afetar negativamente a moral dos funcionários e a cultura da empresa. Os funcionários que permanecem na companhia podem se sentir desmotivados e desconfiados, enquanto a cultura corporativa pode se deteriorar à medida que as equipes estão constantemente em fluxo. - Custos ocultos
Além dos custos diretos, há custos ocultos associados ao turnover, como a perda de conhecimento e experiência. Funcionários que deixam a empresa levam consigo informações valiosas sobre processos, clientes e estratégias. Substituir esse conhecimento pode ser um desafio caro. - Perda de clientes e fornecedores
O turnover também pode afetar os relacionamentos com clientes e fornecedores. Quando os consumidores lidam com uma equipe em constante mudança, isso pode erodir a confiança e levar à perda de negócios. Da mesma forma, fornecedores podem preferir parceiros comerciais mais estáveis.
A especialista explica ainda que o monitoramento dessa taxa de rotatividade pode ajudar a marca a se orientar sobre problemas internos. “É preciso questionar o motivo pelo qual os funcionários estão se demitindo. É por causa do salário? As contratações são alinhadas às necessidades dos times? Ou a cultura da empresa não está agradando? O problema pode estar relacionado até na gerência da equipe. Por isso, é essencial estar por dentro do que acontece na companhia”, avalia.
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